Ciências no Egito e na Mesopotâmia


O que havia de atual nas ciências antigas de Egito e Mesopotâmia?
O que há de mais antigo na atualidade em termos de ciência?

4 comentários:

  1. Já na Mesopotâmia, o desenvolvimento da escrita, nas plaquetas de barro, proporcionaram muito além de registros das mercadorias que circulavam na época dos sumérios. Foram o precursor da grafia, representação da linguagem que se tem hoje. “O primeiro registro escrito, ou verdadeira escrita, que conhecemos, foi desenvolvido entre os sumérios na Mesopotâmia apenas por volta do ano 3500 a.c” (ONG, 1988, p. 99). Não menos que isso, a escrita nada mais seria que a nova tecnologia empregada pelos sumérios naquela época, que evoluiria aos tempos atuais, se renovando ou mostrando uma das diversas formas para expressar o pensamento “A escrita é, de certo modo, a mais drásticas das três tecnologias. Ela iniciou o que a impressão e os computadores apenas continuam (...)” (ONG, 1988, p. 97).
    Assim como os egípcios, os sumérios também utilizavam a Arquitetura amplamente, mas com características distintas, mais familiarizados com a coluna, cúpula e abóboda, além de utilizarem do princípio do êntase, que provavelmente servia como proteção mais eficiente contra invasores e inimigos.
    Já a Medicina mesopotâmica baseava-se em fundamentos de magia e números, além de usar ervas e parte de animais, especialmente o fígado (já dando indícios que os sumérios sabiam que o sangue é fundamental para o funcionamento pleno do corpo humano), procurando colher os ingredientes em determinadas épocas, com o fundamento místico. Nesse ponto, é percebível uma pequena relação entre civilizações africanas e seus rituais religiosos, como no Candomblé, os quais também empregam tais argumentos, especialmente quando se trata do rito “ebó”, uma forma de tratamento espiritual que também emprega ervas, às vezes partes de animais, com a mesma cautela em numerologia a variar do tipo de tratamento a ser dado. Semelhante analogia em muitas comunidades indígenas quando utilizam para curas de doenças e enfermidades “Geralmente nas aldeias indígenas existe um ou mais indivíduos que se encarregam de curar as doenças através de práticas mágicas.” (MELATTI, p. 144). Também se percebe o conhecimento a respeito de Zoologia e de Botânica, além do desenvolvimento métrico para as relações comerciais.
    O importante é perceber que todas aquelas técnicas, conhecimentos e saberes eram utilizados ainda no seu modo inicial, senão germinal, como se fossem os primórdios das Ciências que atualmente fazem entender (até onde ela consegue esclarecer) e compreender o Universo. Egípcios e sumérios sabiam o que faziam naquela época, tinham suas vocações, mas é válido destacar que a Ciência era usada em conjunto com a Religiosidade, que cada qual criava sua cultura e, consequentemente, a forma de enxergar o mundo a sua volta. Era através das tentativas, dos erros e acertos, da experiência vivida, que aquelas técnicas se aprimoravam, melhorando com o tempo, até chegarem ao estágio que estão hoje.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
    ONG, Walter J. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Campinas. SP. Papiros, 1988.
    MELATTI, Júlio Cezar. Índios do Brasil. 7ª edição. São Paulo: HUCITEC; Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1993.

    Fabiano Pio Da Silva

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  2. EGITO E MESOPOTÂMIA: CIÊNCIAS DE ONTEM E HOJE
    Acredito que a administração do Antigo Egito (3100 à 332 a.C), organizada e objetiva, foi a grande propulsora das técnicas desenvolvidas, as quais se expandiram por diversas áreas do conhecimento, e hoje são conhecidas como Arquitetura, Engenharia, Medicina, Matemática, Escrita e Astronomia, e por que não, a mineração, Química e Física? Como construir todo um império ao longo da margem do rio Nilo sem haver uma organização bem executada? E quais seriam os frutos dessa administração egípcia?
    No Antigo Egito, a construção parecia ser característica essencial daquele povo que gostava de criar obras monumentais, a ponto de hoje o adjetivo “faraônico” ser empregado como referência às imponências. Como imaginar ter uma força de trabalho de milhares de pessoas sob um único comando não escravizadas, mas sim isentas de impostos, recebendo comida e vestimentas, com direito a folga e ainda possuíam o sentimento de amor em participar da construção de uma pirâmide? Sob um regime monárquico teocrático, o faraó, figura que se considerava e era considerada a divindade materializada entre os mortais, talvez seja a principal referência que comandava toda essa busca pela grandiosidade. E assim, tinha-se, há milhares de anos, uma civilização que já dominava técnicas bem antes de serem “nomeadas” como hoje são tidas.
    O uso da Mecânica, mesmo não sendo assim conhecida naquela época, era empregada para o transporte dos blocos de pedra, pesando cerca de 2,5 toneladas, através dos trenós e erguidos um a um, até concretizarem as engenharias. Soma-se a Matemática objetiva e precisa, sem a necessidade de criação de teorias ou fundamentos complexos, servido para cálculo sólidos, valendo, assim, da Aritmética básica. Vale citar que os egípcios usavam o famoso Teorema de Pitágoras sem ao menos saber de suas maiores complexidades, quando necessitavam dividir os espaços terrestres, utilizando da regra “3-4-5” com ângulos de 90º e um triângulo de corda; Geometria e Física ajudando a erguer monumentos, templos e obeliscos.
    Além disso, a Astronomia proporcionou o surgimento de um calendário civil egípcio, o qual se tem amplamente utilizado na atualidade no mesmo modelo (365 dias, 12 meses). Novamente se vê uma administração eficiente, preocupada com o planejamento, o futuro para plantação e colheita, atentando para as estações do ano, solstício de verão e o do ano seguinte.
    Na área da Medicina, especificamente a Anatomia parecia que aquele povo dominava tais técnicas para a mumificação, ritual religioso, pois acreditavam na vida após a morte, desenvolveram métodos de retirada dos órgãos vitais, como coração, pulmões, fígado, estômago e intestinos, bem como o cérebro, dominadas com zelo e eficiência.
    O Antigo Egito, há milênios, já empregava técnicas desenvolvidas, conhecimentos que naqueles tempos não tinham os nomes que hoje chamamos, mas já traziam suam essência, o germe de futuras ciências a serem empregadas por outras civilizações.

    ONG, Walter J. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Campinas. SP. Papiros, 1988.
    MELATTI, Júlio Cezar. Índios do Brasil. 7ª edição. São Paulo: HUCITEC; Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1993.

    Fabiano Pio Da Silva

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  3. Ciências no antigo Egito e Mesopotâmia

    No mundo antigo, a evolução dos saberes era lenta e gradual, e muito ligada a observação dos acontecimentos como forma de compreender suas causas. Mesmo com dificuldades, podemos lincar que os egípcios, sumérios e babilônicos forma os povos com as técnicas mais avançadas de seu tempo em astronomia, escrita, matemática e medicina.

    O texto aborda como eram tratadas as ciências na antiguidade oriental, com o a proeminência dos povos da mesopotâmia na escrita e no desenvolvimento da astronomia. O Egito, berço da civilização, desenvolveu acentuados conhecimentos médicos e nutricionais, que possibilitaram que em um campo de obras com milhares de construtores, as pestes não dizimassem uma grande parcela deles. O faráo, soberano do Egito e descendente direto dos deuses, era um governante que tinha a simpatia da população e usava seus poderes para de certa maneira cuidar do seu povo.

    Uma das coisas que pode ser tirado do texto de algo que hoje é valido e que na antiguidade existia, era a superstição com o futuro. Essas práticas como a astrologia continuam sendo bem praticadas, sendo inclusive tema de desenhos, programas de teve e “teen magazines”. O conforto de assuntos futuros atrai milhões de pessoas a especular uma ‘futurologia’ com base nos astros. O estudo dos astros traz uma série de elementos que são essências para as ciências atuais, como o caso dos telescópios construídos no deserto do Atacama pela agencia espacial europeia, que junto a outras agencias de outros países investem altas quantias de recursos a desvendar os mistérios ainda pouco conhecidos do espaço.

    Outra coisa que observamos de mais novo nos tempos antigos é que; o isolamento comercial e cultural traz interferências no desenvolvimento das ciências. O Egito, mesmo tendo desenvolvido uma serie de técnicas de construção e organização, estava isolado comparado ao sul da Mesopotâmia, que era uma zona de intenso comercio e de passagem de diversas culturas. Os sumérios desenvolveram uma escrita com mais de 2000 caracteres silábicos, enquanto os Egípcios da época do médio Egito. Uma evidencia que as relações de conhecimento, troca e comercia são fundamentais, como nos dias atuais em que o desenvolvimento cientifico depende de uma série de trocas com outros povos e culturas.

    Hoje podemos dizer que graças a milhares de anos de conhecimento e experimentações temos uma ciência capaz de trabalhar para o ser humano e fornece-lhes condições de vida melhores do que as do tempo antigo. A ciência moderna e descendente direta das práticas dos sacerdotes e dos trabalhadores que exerciam praticas medicas na Babilônia, Egito e outras cidades que mostrou que o conhecimento humano (mesmo que para eles fossem algo divino) era possível de se resolverem os problemas da natureza e do ambiente.

    Links:http://www.planetariodorio.com.br/a-importancia-do-ensino-da-astronomia/
    "a importância do ensino de astronomia"-2010. planetário do Rio de Janeiro

    Yuri Mello Guedes

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  4. As ciências antigas do Egito e da Mesopotâmia possuíam já naquela época conhecimentos baseados numa lógica empírica. Se alguém por exemplo visse um animal doente procurar e se alimentar de uma erva específica, e logo depois esse animal se mostrasse curado de sua enfermidade, o senso comum dos antigos concluía que tal erva poderia conter propriedades medicinais que poderiam servir também ao homem. Nesse sentido, apesar de naquela época os egípcios e mesopotâmicos não terem acesso à uma metodologia científica baseada na observação e experimentação para desenvolver seus medicamentos (como fazemos hoje), ainda sim eles desenvolviam tratamentos medicinais eficazes com base na observação e o bom senso.
    Com relação ao que há de mais antigo na atualidade em termos de ciência, podemos destacar o papel central da cultura escrita na produção e disseminação do conhecimento científico. Bowman & Woolf (1998) apontam que a escrita foi utilizada em diversos contextos para estabelecer o poder na sociedade. Desde a antiguidade, diversas sociedades optaram por registrar seus conhecimentos em suportes físicos através da escrita, de forma a garantir a perpetuação e transmissão deste conhecimento para as gerações futuras. Dessa forma, podemos observar que na atualidade, a cultura escrita ainda preserva sua hegemonia enquanto forma padrão de disseminação do conhecimento científico.

    Referência bibliográfica:

    BOWMAN, Alan K.; WOOLF, Greg. Cultura escrita e poder no mundo antigo. In: Cultura escrita e poder no mundo antigo. Editora Ática, 1998.

    ALUNO: VICTOR HUGO DO NASCIMENTO VASCONCELOS
    MATRÍCULA: 201610306911

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