Sexualidade Mundo Antigo -Vídeo


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O que havia de mais atual na sexualidade do antigos egípcios?
O que há de mais antigo na sexualidade atual?

4 comentários:

  1. EROTISMO NO PAPIRO – SEXUALIDADE DO ANTIGO EGITO
    É perceptível que a sexualidade não é exclusividade da civilização ocidental e atual. Os egípcios antigos deixaram registros que mostram que esse assunto era comum entre eles e visto com muita importância para sua vida após a morte.
    O Papiro Erótico de Turim é um documento histórico danificado pelo tempo que demonstra atos sexuais com possíveis leituras sobre o tema que o Antigo Egito se interessava. Durante um longo período, escondido por conta do puritanismo, censura e conservadorismo, o documento foi deixado de lado, restrito para pesquisas após agendar sua visitação por conta de suas gravuras com personagens em posições sexuais de diversas formas que levantam questionamentos diversos sobre o que ele representa, mas que não se pode negar que a sexualidade sempre esteve presente nas sociedades, até nas mais antigas.
    O Papiro pode ser visto como uma pornografia explicita, pode ser interpretado como uma “cena” pitoresca de um bordel, ou uma orgia coletiva, aproximando os antigos egípcios à civilização atual, especialmente no tratamento natural do assunto sexo. As imagens que constam nesse artefato trazem sacerdotes, pessoas do alto escalão, mulheres que podem ser prostitutas, mais os pequenos diálogos entre eles com teor erótico. Pornografia? Cena cotidiana? Até onde o interesse pelo sexo pode ser visto de maneira natural sem que a fantasia fique de lado e alimente a mente e o ponto de vista de quem o interprete.
    Mas também apresenta sinais que lembram as divindades egípcias voltadas para a sexualidade e, nesse ponto, pode-se perceber que o sexo não era apenas carnal para os egípcios, como também havia uma relação entre sexualidade e religiosidade, mais precisamente à vida pós-morte.
    O culto a divindades que estavam ligadas à sexualidade era natural entre os antigos egípcios. Isso porque se recorriam aos deuses para se obter fertilidades, seduzir, proteção na gestação. Mas também, a sexualidade era vista com extrema importância para a pós-morte, pois se acreditava que para renascer no outro mundo o ato sexual era fundamental para a concepção da nova vida onde o egípcio renasceria. O ato sexual era pictografado em templos funerários como forma de representar uma passagem importante para aquele que havia morrido e estava caminhando para o mundo dos mortos.
    Dentre os deuses que eram cultuados, Min era o da fertilidade e representado como uma figura de homem com o pênis ereto “Como a divindade central da fertilidade e ritos orgiásticos possivelmente Min tornou-se identificado pelos gregos com o deus Pan. Uma característica da adoração a Min foi o espinhoso alface selvagem Lactuca virosa e Lactuca serriola que é a versão doméstica Lactuca sativa que tem qualidades afrodisíacas e produzi látex quando cortado, possivelmente identificado com o sêmen” (egitoantigo.net). Tal referência pode ser estendida à divindade do Panteão dos orixás, chamada Esú (Exu), o qual também é associado à fertilidade, à sexualidade, aos prazeres, aos renascimentos, ao começo. Ele carrega em sua mão o ogó (um falo de madeira) e tem relação direta entre os homens e aos orixás, também é visto como aquele de suma importância para a vida porque ele traz a seiva reprodutora. A compreensão egípcia sobre o sexo ia além do ato sexual, mas era vista como uma continuidade da vida sobre a terra, a perpetuação dos homens na sociedade, era importante não apenas para o prazer carnal, como também para a vida entre os vivos e os mortos.

    Fabiano Pio da Silva
    Referências:
    PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. 2001. Companhia das Letras

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  2. Não só nesse aspecto que se percebe uma relação entre os antigos egípcios e a sociedade atual. Parece que drogas, álcool, outras substâncias alucinógenas e a música também serviam, como hoje, de instrumentos que desinibiam diante da sexualidade. No Papiro é notável que esses recursos estavam presentes naquela época, além de relações possíveis entre homens mais velhos com mulheres mais novas, visto de forma natural, sem preconceitos, fatos que nos remetem à atualidade, porque nossa sociedade ainda acha natural esse tipo de relação, enquanto que o inverso é visto com preconceito e recriminado.
    O sexo sempre esteve presente em todas as sociedades e foi visto de diversas formas. Usado para o prazer, ou para a perpetuação, ou para a vida após a morte, a sexualidade no Antigo Egito era tão natural quanto se pode ver hoje; relações entre homens e mulheres, uso de diversas substâncias para desinibição, a presença do sexo como mercadoria ou o culto aos deuses em seu nome não ficaram apenas no passado, também é tratado em sociedades atuais, com suas adaptações para o presente e novas vertentes que interessam a quem dele quiser explorar.

    Fabiano Pio da Silva
    Referências:
    PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. 2001. Companhia das Letras
    Min – deus egípcio da fertilidade. Disponível em: https://www.egitoantigo.net/min-deus-egipcio-relacionado-a-fertilidade.html. Acessado em 07/11/2018.

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  4. O que há de mais atual na relação dos antigos egípcios com o sexo, é que apesar de uma sociedade anterior a religiões monoteístas, que condenam e reprimem o sexo que não se destina a reprodução, a sexualidade ainda não era tão explicita quanto na cultura grega e romana, e sim de forma disfarçada com diversos simbolismos linguísticos e visuais, como a expressão "caminhar no pântano" e desenhos de caçadas.
    Da mesma forma, o que há de mais antigo na sexualidade atual são com certeza as fantasias de homens mais velhos com mulheres mais novas, como o registrado no papiro, ou o caso de um jovem apaixonado dando detalhes de como visualizava sua amante saindo com as vestes molhadas de dentro do Nilo, chamando a atenção de todos outros homens.
    Quando falamos sobre homosexualismo, A referencia mais conhecida é a “Grande Contenda”, que faz parte do mito no qual o deus Hórus disputa com seu tio Seth o trono de Osíris.O texto descreve como Hórus é convencido a dormir junto com Seth, que, durante a noite, “endurece seu membro" e o coloca por entre as coxas de Hórus. No Egito, a homossexualidade era vista como inconveniente pela sua
    esterilidade. No caso da sodomia, o que se percebe nas fontes egípcias é a humilhação pela passividade e a dominação pelo coito anal, imposta aos inimigos. A palavra hemiu tinha ao mesmo tempo o sentido de afeminado e inimigo.
    Apesar de milênios separando a sociedade do antigo egito com a nossa, a primitividade dos desejos carnais instintivos inerente ao ser humano, naturalmente, se perpetuou com diversas semelhanças como no uso de entorpecentes e musicas como facilitadores do ato sexual e a importancia social na vida das pessoas em todas as classes como forma de perpetuação da especie e prazer.

    João Candido Brandão
    Referencias: Homossexualismo no Egito Antigo, Antonio Brancaglion Junior.

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