O mais moderno acerca das relações da antiga Mesopotâmia, é sem duvida as características da deusa Inanna. Diferentemente do restante do panteão mesopotâmico, a deusa não procriou e também não constituiu uma família, mantendo somente casos esporádicos com um e outro deus, além da sua relação íntima com os monarcas de cada época por intermédio do casamento,sendo através desse que ocorria a legitimação do trono por meio do chamado "sexo ritualistico". Dessa maneira, Inanna fugiu do padrão compreendido de mãe, de esposa exemplar e de gerenciadora de funções domesticas. Ela foi uma deusa ambígua, que acumulou poderes e funções, que rompeu com as esferas pré-estabelecidas do espaço masculino e do lugar para o feminino. Representava o erotismo na vida das cidades, dizia-se que ela frequentava tavernas e cervejarias, onde homens podiam encontrar mulheres solteiras em busca de aventuras sexuais. O que se permanece dessa relação é o pensamento contemporâneo de lugar em que muitos acreditam que ainda hoje esteja reservado a mulher, ou seja, o âmbito domestico, ao lugar de procriação, de confinamento feminino, de espaço delimitado entre os filhos e a organização domestica. Assim, por inanna não possuir uma função económica (reprodução, administração familiar) ela fosse uma figura marginalizada, considerada "a mulher livre, a mulher cujo estatuto nacional era tão nebuloso, que não se podia possivelmente domestica-la". O ritual sexual, destituído da categoria do sagrado, despindo o manto do divino que existia nessas praticas, foi durante muito tempo encarado como uma manifestação primitiva e orgiastica. Mas está concepção anula o significado do ritual, dando a ele apenas um estatuto profano quando sua pratica e gerência são legítimas. Concepções modernas e pós-modernas apresentavam a actividade sexual como um meio de reprodução da espécie e uma garantia de herança de bens e tradições construídas em diversos contextos históricos; e nas antigas culturas mesopotâmicas, desde a criação de seus primeiros mitos á pratica sexual era uma manifestação de vontade e de criação divina, logo essa actividade era possuidora de força magica, fazia parte do universo religioso, era fruto da esfera divina.
João Candido Brandão quando os deuses copulavam:a sexualidade da deusa inanna no antigo oriente proximo. Simone Aparecida dupla
A relação entre o social e sagrado pode entendido como uma relação feita através do casamento, ou seja, a relação social entre as pessoas é feita com os elementos do sagrados, que no caso diz respeito a religião, sendo o casamento a ponte entre os dois. Nesse sentido, sendo o casamento o elo de ligação entre o mundo profano e o mundo sagrado, abre um espaço para se discutir a função do sexo, o papel do ato sexual. No texto é abordado que as relações sexuais entre os deuses eram de cunho criacional, ou seja, já havia a intenção do sexo ser feito após o casamento com finalidade de dar continuidade na humanidade. Nesse sentido, hoje ainda no mundo ocidental há o discurso religioso cristão de que as relações sexuais entre as pessoas só podem ter com fim a crianção de um novo ser humano, assim como no ato sexual dos antigos deuses orientais da mesopotâmia. Porém, a deusa Inanna, foge do padrão esperado que a sociedade acredita que a mulher deva se comportar, sendo uma figura passiva em relação ao homem, inibindo seus desejos sexuais. A deusa em questão se coloca no lugar oposto no que a sociedade espera que ela se posicione, a deusa mantem relações sexuais para satisfazer seus próprios desejos, ou seja, sem a finalidade de dar fruto ao um ser, ou de ser provedora do lar, cuidadora dos filhos. Nesse ponto, há uma grande brecha para o feminismo contemporâneo, no qual a mulher pode assumir posições sociais sobre o seu corpo e suas vontade da forma que ela bem entender, dispensando aqueles rótulos e esperanças da sociedade de que a mulher deva assumir uma posição de inferioridade frente a figura masculina. Então podemos estabelecer que o que havia de mais moderna na relação social-sagrado é o casamento e o que há de mais antigo, o que permanece, dessa relação é o imaginário construído sobre as relações sexuais, em suas finalidades e seus os papeis de seus praticantes.
Aluno: Victor Hugo Alexandre Bezerra Matrícula: 201810164311 referência: http://documentofantastico.blogspot.com/2011/06/inanna-e-enki.html
É no tório salientar que o que há de mais moderno é a presença do Casamento.Tal ato é o responsável pela ligação do sagrado com o ato sexual(Copulação). Ejacular, copular e ter prazer é relacionado com a CRIAÇÃO e momento em que as divindades se manifestam de forma objetiva. Qualquer ato na união sexual voltado para o contexto religioso para promover a fertilidade e a perpetuação da humanidade. Existia assim, uma divisão entre o divino e o mortal. mas tais relações se encontravam de acordo com suas categorias, tais como: Cosmogonia, hierogomia e teogamia. percebe-se que o que há de mais antiogo e que permanece na relação é o machismo. Devido ao fato, de a mulher que tinha a fonte do prazer ( receber e dá )não se casou, não teve filhos e consequentemente não cumpriu seu papel de gestora.Percebe-se que o prazer carnal não coaduna com tais funçoes ditas puras. Essa questão da sexualidade na Mesopotamia também pode ser vista no trabalho da Semana de História da UEPG, pela análise e da aluna ; Simone Aparecida Dupla.
"Inanna de Uruk: uma deusa plural Inanna era conhecida por diversos títulos, entre eles: deusa do amor, da atração sexual e da guerra. Inanna possuía templos em Agadé, Kish e Zabalam, porém sua influência foi além das fronteiras da Mesopotâmia. Era conhecida também sob os epítetos de Deusa do Amor, Estrela da Manhã e Estrela da Tarde. Ao longo da história dessa sociedade Inanna permaneceu como uma das divindades mais cultuadas. O culto a essa divindade possuía uma cerimonia especial: o hieros gamos. Este consistia na relação sexual protagonizada por Inanna, que era representada por uma alta sacerdotisa, e pelo rei/pastor Dumuzi, que o rei encarnava. O casamento sagrado era a condição primordial à perpetuação e a criação da vida. A importância das divindades femininas confirmadas em Inanna era tanta, que o historiador Mircea ELIADE acredita que em seu “apogeu, Inanna/Ishtar era ao mesmo tempo deusa do amor e da guerra, isto é, regia a vida e a morte” (ELIADE, 1963, p.29). Sendo que sua influência permaneceu durante vários períodos, passando dos reis sumerianos aos reis acadianos, transpondo, além disso, os limites territoriais da Mesopotâmia. Um texto de versão acadiana intitulada A descida de Ishtar (Inanna) ao Mundo Inferior é perceptível à ligação da deusa com culto a fertilidade. Prisioneira de Erishkigal, condenada a morte por violar as leis sagradas, a deusa não pode ascender novamente do mundo inferior. Sem sua presença a vida também se dissolve no mundo dos homens". Com isso, é notório a importância de se interligar o tempo e os seus comportamento, pois apesar das distâncias na linha do tempo os comportamento e posturas se repetem e se multiplicam.
O mais moderno acerca das relações da antiga Mesopotâmia, é sem duvida as características da deusa Inanna. Diferentemente do restante do panteão mesopotâmico, a deusa não procriou e também não constituiu uma família, mantendo somente casos esporádicos com um e outro deus, além da sua relação íntima com os monarcas de cada época por intermédio do casamento,sendo através desse que ocorria a legitimação do trono por meio do chamado "sexo ritualistico". Dessa maneira, Inanna fugiu do padrão compreendido de mãe, de esposa exemplar e de gerenciadora de funções domesticas. Ela foi uma deusa ambígua, que acumulou poderes e funções, que rompeu com as esferas pré-estabelecidas do espaço masculino e do lugar para o feminino. Representava o erotismo na vida das cidades, dizia-se que ela frequentava tavernas e cervejarias, onde homens podiam encontrar mulheres solteiras em busca de aventuras sexuais.
ResponderExcluirO que se permanece dessa relação é o pensamento contemporâneo de lugar em que muitos acreditam que ainda hoje esteja reservado a mulher, ou seja, o âmbito domestico, ao lugar de procriação, de confinamento feminino, de espaço delimitado entre os filhos e a organização domestica. Assim, por inanna não possuir uma função económica (reprodução, administração familiar) ela fosse uma figura marginalizada, considerada "a mulher livre, a mulher cujo estatuto nacional era tão nebuloso, que não se podia possivelmente domestica-la".
O ritual sexual, destituído da categoria do sagrado, despindo o manto do divino que existia nessas praticas, foi durante muito tempo encarado como uma manifestação primitiva e orgiastica. Mas está concepção anula o significado do ritual, dando a ele apenas um estatuto profano quando sua pratica e gerência são legítimas. Concepções modernas e pós-modernas apresentavam a actividade sexual como um meio de reprodução da espécie e uma garantia de herança de bens e tradições construídas em diversos contextos históricos; e nas antigas culturas mesopotâmicas, desde a criação de seus primeiros mitos á pratica sexual era uma manifestação de vontade e de criação divina, logo essa actividade era possuidora de força magica, fazia parte do universo religioso, era fruto da esfera divina.
João Candido Brandão
quando os deuses copulavam:a sexualidade da deusa inanna no antigo oriente proximo. Simone Aparecida dupla
A relação entre o social e sagrado pode entendido como uma relação feita através do casamento, ou seja, a relação social entre as pessoas é feita com os elementos do sagrados, que no caso diz respeito a religião, sendo o casamento a ponte entre os dois. Nesse sentido, sendo o casamento o elo de ligação entre o mundo profano e o mundo sagrado, abre um espaço para se discutir a função do sexo, o papel do ato sexual. No texto é abordado que as relações sexuais entre os deuses eram de cunho criacional, ou seja, já havia a intenção do sexo ser feito após o casamento com finalidade de dar continuidade na humanidade.
ResponderExcluirNesse sentido, hoje ainda no mundo ocidental há o discurso religioso cristão de que as relações sexuais entre as pessoas só podem ter com fim a crianção de um novo ser humano, assim como no ato sexual dos antigos deuses orientais da mesopotâmia. Porém, a deusa Inanna, foge do padrão esperado que a sociedade acredita que a mulher deva se comportar, sendo uma figura passiva em relação ao homem, inibindo seus desejos sexuais. A deusa em questão se coloca no lugar oposto no que a sociedade espera que ela se posicione, a deusa mantem relações sexuais para satisfazer seus próprios desejos, ou seja, sem a finalidade de dar fruto ao um ser, ou de ser provedora do lar, cuidadora dos filhos. Nesse ponto, há uma grande brecha para o feminismo contemporâneo, no qual a mulher pode assumir posições sociais sobre o seu corpo e suas vontade da forma que ela bem entender, dispensando aqueles rótulos e esperanças da sociedade de que a mulher deva assumir uma posição de inferioridade frente a figura masculina.
Então podemos estabelecer que o que havia de mais moderna na relação social-sagrado é o casamento e o que há de mais antigo, o que permanece, dessa relação é o imaginário construído sobre as relações sexuais, em suas finalidades e seus os papeis de seus praticantes.
Aluno: Victor Hugo Alexandre Bezerra
Matrícula: 201810164311
referência: http://documentofantastico.blogspot.com/2011/06/inanna-e-enki.html
É no tório salientar que o que há de mais moderno é a presença do Casamento.Tal ato é o responsável pela ligação do sagrado com o ato sexual(Copulação).
ResponderExcluirEjacular, copular e ter prazer é relacionado com a CRIAÇÃO e momento em que as divindades se manifestam de forma objetiva.
Qualquer ato na união sexual voltado para o contexto religioso para promover a fertilidade e a perpetuação da humanidade.
Existia assim, uma divisão entre o divino e o mortal. mas tais relações se encontravam de acordo com suas categorias, tais como:
Cosmogonia, hierogomia e teogamia.
percebe-se que o que há de mais antiogo e que permanece na relação é o machismo.
Devido ao fato, de a mulher que tinha a fonte do prazer ( receber e dá )não se casou, não teve filhos e consequentemente não cumpriu seu papel de gestora.Percebe-se que o prazer carnal não coaduna com tais funçoes ditas puras.
Essa questão da sexualidade na Mesopotamia também pode ser vista no trabalho da Semana de História da UEPG, pela análise e da aluna ; Simone Aparecida Dupla.
"Inanna de Uruk: uma deusa plural
Inanna era conhecida por diversos títulos, entre eles: deusa do amor, da
atração sexual e da guerra. Inanna possuía templos em Agadé, Kish e Zabalam,
porém sua influência foi além das fronteiras da Mesopotâmia. Era conhecida
também sob os epítetos de Deusa do Amor, Estrela da Manhã e Estrela da Tarde.
Ao longo da história dessa sociedade Inanna permaneceu como uma das
divindades mais cultuadas. O culto a essa divindade possuía uma cerimonia
especial: o hieros gamos. Este consistia na relação sexual protagonizada por
Inanna, que era representada por uma alta sacerdotisa, e pelo rei/pastor Dumuzi,
que o rei encarnava. O casamento sagrado era a condição primordial à perpetuação
e a criação da vida.
A importância das divindades femininas confirmadas em Inanna era tanta, que
o historiador Mircea ELIADE acredita que em seu “apogeu, Inanna/Ishtar era ao
mesmo tempo deusa do amor e da guerra, isto é, regia a vida e a morte” (ELIADE,
1963, p.29). Sendo que sua influência permaneceu durante vários períodos,
passando dos reis sumerianos aos reis acadianos, transpondo, além disso, os
limites territoriais da Mesopotâmia.
Um texto de versão acadiana intitulada A descida de Ishtar (Inanna) ao
Mundo Inferior é perceptível à ligação da deusa com culto a fertilidade. Prisioneira
de Erishkigal, condenada a morte por violar as leis sagradas, a deusa não pode
ascender novamente do mundo inferior. Sem sua presença a vida também se
dissolve no mundo dos homens".
Com isso, é notório a importância de se interligar o tempo e os seus comportamento, pois apesar das distâncias na linha do tempo os comportamento e posturas se repetem e se multiplicam.