Poder, guerra e violência nos relevos assírios



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O que havia de mais atual na questão da guerra entre os assírios?
O que permaneceu até os dias de hoje?

2 comentários:

  1. O mais atual, que pode ser considerado mais avançado para uma cultura do 1 milênio a.C. no Oriente Próximo na como pode ser chamada a “Idade dos Impérios”, (século IX ao século I a.C); é a forma de aproximação da cultura do povo conquistado com a do conquistador, na similaridade entre a cena do banquete de Assurbanipal (Rei Assírio) e imagens de selos-cilindros elamitas do período arcaico, com cenas de casais divinos bebendo vinho, é uma hipótese é que Assurbanipal tenha escolhido essa cena para apropriar-se de uma fórmula de tradição elamita, de prosperidade e de bem-estar, como busca de legitimação religiosa/ideológica entre os elamitas recém-conquistados. A combinação particular da cena, com a figura do rei, da taça e da videira, evidencia uma associação de vários aspectos da realeza divina à vitória e ao triunfo sobre os inimigos, numa forte demonstração de poder, prosperidade e bem-estar.
    O que se manteve até os dias de hoje foi entre os governantes, foi o uso do discurso religioso para legitimar suas ações. A guerra de Assurbanipal contra o Elam, assim como outras campanhas militares assírias, eram vistas como uma missão divina, como indicam numerosos textos. E o fator da tradição: Assurbanipal coloca o ritual da decapitação dentro da tradição imemorial, quando cita o oráculo, cumprindo uma profecia que destinava a vitória de Assurbanipal decretada pelos deuses,e é, ao mesmo tempo, uma justificativa para a guerra e para a vitória assíria, confirmadas pela exposição pública da cabeça do rei do Elam. "Eu, Assurbanipal, rei da Assíria, mostrei publicamente a cabeça de Teumman, rei do Elam, em frente dos portões da cidade onde o ancião tinha dito que a profecia do oráculo predizia: ‘A cabeça de teus inimigos deve cortar’."
    Depois da morte de Assurbanipal no Palácio de Nínive, o Império Assírio entrou em decadência, não conseguindo os seus sucessores recuperar o esplendor dos velhos tempos e evitar a sua desagregação.

    João Candido Brandão
    https://www.infopedia.pt/assurbanipal

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  2. A análise dos textos pesquisado e escolhido por mim e do curso, fazem referencia a iconografia assíria e o que ela representa. O painel, já bem conhecido “Banquete no Jardim” mostra o rei assírio Assurbanipal em um banquete com sua rainha nos jardins do palácio, sendo servidos e abanados enquanto ouviam música. A beleza bucólica da cena é quebrada pela cabeça de seu inimigo que foi pendurada em uma árvore. A cabeça do rei elamita Teumman. A ambigüidade da cena é curiosa, ao mesmo tempo que observamos um lugar que remete a paz com árvores e musica temos armas de um lado e a cabeça de um rei inimigo decepada do outro.
    Um outro painel encontrado, mostra a cabeça do rei decaptado sendo carregada em um carro de guerra onde foi exibida para a população. Podemos identificar que para os assírios a violência e exposição da mesma, tratava-se de fator político, religioso e cultural. A cultura bélica assíria pode ser comparada a das favelas do Rio de Janeiro, sou moradora do morro do São Carlos no Bairro Estácio e me deparo não somente com armas, granadas e tiroteios todos os dias, mas também com a parte iconográfica. Na tentativa de educar, instruir uma conduta na favela, traficantes realizam pixações nos muros com avisos, alertas etc. A cultura militar, belicista permeia com toda força em nossa sociedade ainda hoje.

    Referencias:
    http://www.nehmaat.uff.br/revista/2012-1/artigo10-2012-1.pdf

    Anna Klicia Cabral Marques
    Matricula: 201810165711

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