Nome: Felipe Silva de Oliveira História- noite Matricula: 201810291111
Medir o tempo sempre foi uma tarefa complicada, até hoje, mas o que enxergo a partir do texto é o que mais temos de mesopotâmico temos, tomando como ponto de partida a cronologia absoluta do calendário juliano-gregoriano para a explicação,o que constato de mais antigo que temos em termos de medir tempo talvez esteja na esfera histórica de dividir a história em três períodos: a própria antiguidade,Idade Média e Modernidade,usando eventos como ponto de partida do período como por exemplo a queda do império romano ocidental como ponto final da antiguidade e início da idade média como forma de explicar sobre história e o mesmo tempo medir o tempo.
Porém o que aprendemos em sala não é bem assim,o tempo se encontra numa perspectiva geométrica. Segundo Koselleck se utilizando do estruturalismo de Braudel, o tempo está estruturando em camadas em estratos e que há um transito constante entre essas camadas. não é a toa que sempre constatando o que há de mais de antigo hoje e o que há de atual no antigo.
Referências:KOSELLECK,Reinart. Estratos do tempo: estudos sobre história.Rio de Janeiro,Editora PUC-Rio,2014
Para os mesopotâmicos o calendário era composto por um ano solar - uma volta inteira da terra ao redor do sol - um mês lunar - as fases da lua estipulavam a duração do mês - e um dia solar - enquanto estava sol, era dia, quando o sol se punha, era noite. É fato que assim como no passado até hoje observamos disputas cronológicas, isto é, disputas de discurso de um ramo da historiografia que trata do tempo histórico. O artigo/dossiê da Katia Maria Paim nos traz dois tipos de cronologia: a absoluta e a relativa. No ponto de vista histórico a cronologia absoluta localiza os eventos no tempo com o calendário juliano-gregoriano assim como fazemos hoje em dia no Ocidente. Já a cronologia relativa é medida por um ponto fixado no passado de forma arbitrária. Katia cita a escala cronológica de Koselleck - a longa duração, a média duração e a curta duração - e, ainda, métodos de datação como o Carbono 14, a termoluminescência, a estratigrafia e a paleografia que são artifícios da modernidade para chegarmos ao passado - mesopotâmico por exemplo. O calendário mesopotâmico era baseado no ritmo das atividades agrícolas e religiosas e era marcado por intervalos de tempo naturais, dados pelo deslocamento do sol no horizonte, pelo ciclo das colheitas e pelo movimento da lua. Eles tinham uma noção definida de dias, meses e anos, entretanto, o calendário babilônico não incluía a noção de semana, com um ciclo de sete dias como conhecemos hoje.
Bibliografia: KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo. Estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2014. GIORDANI, Mário. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1969.
Segundo o sociólogo Norbert Elias, o tempo não é um dado a priori. Trata-se de uma experiência do homem como ser social. A importância de medir e registrar a passagem do tempo vem de demandas sociais, como colheitas, mudanças de reinados entre outros acontecimentos mais ou menos vulgares, nas palavras de Elias: “o que chamamos tempo é, em primeiro lugar, um marco de referência que serve aos membros de um certo grupo e em última instância, a toda humanidade, para instituir ritos reconhecíveis dentro de uma série contínua de transformações do respectivo grupo de referência ou também, de comparar uma certa fase de um fluxo de acontecimentos" Nesse sentido, há milênios que as sociedades vêm desenvolvendo métodos para controle do tempo. O Oriente Antigo já fazia isso e de formas variadas, comprovando que a percepção do tempo está diretamente ligada a uma experiência social e não algo intrínseco. Conforme as tecnologias disponíveis na época, a relação das pessoas com o tempo estava muito mais calcada na natureza, em perceber os astros como indicadores das mudanças de tempo. Hoje se dispõe de mecanismos que acabam por dispensar qualquer preocupação com a fase da lua em que se está. Embora os mecanismos tenham sido modificados e hoje estejam menos dependentes da natureza, o desejo de contar o tempo, registrar sua passagem e conformar a vida em consonância com esse tempo está presente nas sociedades atuais de forma similar a forma como já estava presente nas sociedades orientais antigas. Essa “obsessão” do ser humano pelo controle do tempo quer para um registro mais acurado, quer para manipular a história ficam evidentes no trecho do texto que diz: “Nosso conhecimento sobre a cronologia mesopotâmica se baseia em listas dos anos dos reinados dos soberanos, em listas de eponímios e listas dinásticas, indicando os nomes dos reis e o número de anos de seus reinados. Porém, estas listas não são confiáveis, pois algumas foram redigidas tardiamente, outras contêm distorções voluntárias, a fim de legitimar um rei que teria usurpado o poder, por exemplo”. O trecho deixa claro artifício mais do que atual de uma forma de experimentação do tempo já conhecida pelos povos antigos: a manipulação política do tempo. Ainda hoje governos, grupos, pessoas se valem da manipulação do tempo e das memórias de um tempo anterior para forjar presentes e perspectivas de futuro.
Referências
MASTRANTONIO MARTINS, Mônica et al. A Questão do Tempo para Norbert Elias: reflexões atuais sobre tempo, subjetividade e interdisciplinaridade. Revista de Psicologia Social e Institucional, Londrina, v. 2, n. 1, jun. 2000. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2018.
A grande questão do texto é a dificuldade na construção de uma cronologia para o mundo antigo e ate os dias de hoje, mesmo com muitas tecnologias como a termoluminescência e o carbono-14,para conseguir a precisão desses acontecimentos históricos, pois eram utilizadas diferentes modos de datação, os antigos costumam marcar o tempo de acordo com aqueles que estavam no poder, acontecimentos políticos, ou algum evento importante, o que era chamado de cronologia relativa, já que não possuímos de fato uma data exata, grande desafio para os historiadores, diferentemente dos dias de hoje, nas sociedades ocidentais, nas quais usamos uma cronologia absoluta, ou seja, marcamos os dias com um calendário juliano-gregoriano que tem como marco o antes e depois do nascimento de Cristo. Mesmo com a descobertas arqueológicas e documentos, chamadas de cronologia baixa, que são as mais utilizadas nos dias de hoje, fica difícil se precisar um dia especifico, ou até mesmo o ano, ou ainda se aquele ocorrido de fato aconteceu, pois quem faz a historia é o homem, ou seja “ a história é a ciência dos homens, dos homens no seu tempo." (Apologia da história, Marc Bloch), não é uma ciência exata, dependemos daqueles do seu tempo para que possamos ter alguma informação, sabe-se por exemplo que os mesopotâmicos usavam como calendário a natureza, o movimento do sol e da lua, suas atividades agrícolas, entre outras, sabe-se dessas informações pois ficaram vestígios pelo caminho, e graças a estes que podemos ter acesso a informações valiosa do passado. Nome: Camila Barcellos Bibliografia: BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador Rio de Janeiro. Ed. Zahar/2001.
Nome: Felipe Silva de Oliveira
ResponderExcluirHistória- noite
Matricula: 201810291111
Medir o tempo sempre foi uma tarefa complicada, até hoje, mas o que enxergo a partir do texto é o que mais temos de mesopotâmico temos, tomando como ponto de partida a cronologia absoluta do calendário juliano-gregoriano para a explicação,o que constato de mais antigo que temos em termos de medir tempo talvez esteja na esfera histórica de dividir a história em três períodos: a própria antiguidade,Idade Média e Modernidade,usando eventos como ponto de partida do período como por exemplo a queda do império romano ocidental como ponto final da antiguidade e início da idade média como forma de explicar sobre história e o mesmo tempo medir o tempo.
Porém o que aprendemos em sala não é bem assim,o tempo se encontra numa perspectiva geométrica. Segundo Koselleck se utilizando do estruturalismo de Braudel, o tempo está estruturando em camadas em estratos e que há um transito constante entre essas camadas. não é a toa que sempre constatando o que há de mais de antigo hoje e o que há de atual no antigo.
Referências:KOSELLECK,Reinart. Estratos do tempo: estudos sobre história.Rio de Janeiro,Editora PUC-Rio,2014
Para os mesopotâmicos o calendário era composto por um ano solar - uma volta inteira da terra ao redor do sol - um mês lunar - as fases da lua estipulavam a duração do mês - e um dia solar - enquanto estava sol, era dia, quando o sol se punha, era noite.
ResponderExcluirÉ fato que assim como no passado até hoje observamos disputas cronológicas, isto é, disputas de discurso de um ramo da historiografia que trata do tempo histórico. O artigo/dossiê da Katia Maria Paim nos traz dois tipos de cronologia: a absoluta e a relativa. No ponto de vista histórico a cronologia absoluta localiza os eventos no tempo com o calendário juliano-gregoriano assim como fazemos hoje em dia no Ocidente. Já a cronologia relativa é medida por um ponto fixado no passado de forma arbitrária.
Katia cita a escala cronológica de Koselleck - a longa duração, a média duração e a curta duração - e, ainda, métodos de datação como o Carbono 14, a termoluminescência, a estratigrafia e a paleografia que são artifícios da modernidade para chegarmos ao passado - mesopotâmico por exemplo.
O calendário mesopotâmico era baseado no ritmo das atividades agrícolas e religiosas e era marcado por intervalos de tempo naturais, dados pelo deslocamento do sol no horizonte, pelo ciclo das colheitas e pelo movimento da lua. Eles tinham uma noção definida de dias, meses e anos, entretanto, o calendário babilônico não incluía a noção de semana, com um ciclo de sete dias como conhecemos hoje.
Bibliografia:
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo. Estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2014.
GIORDANI, Mário. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1969.
Nome: Júlia Reis Couto
Matrícula: 201810164811
Segundo o sociólogo Norbert Elias, o tempo não é um dado a priori. Trata-se de uma experiência do homem como ser social. A importância de medir e registrar a passagem do tempo vem de demandas sociais, como colheitas, mudanças de reinados entre outros acontecimentos mais ou menos vulgares, nas palavras de Elias:
ResponderExcluir“o que chamamos tempo é, em primeiro lugar, um marco de referência que serve aos membros de um certo grupo e em última instância, a toda humanidade, para instituir ritos reconhecíveis dentro de uma série contínua de transformações do respectivo grupo de referência ou também, de comparar uma certa fase de um fluxo de acontecimentos"
Nesse sentido, há milênios que as sociedades vêm desenvolvendo métodos para controle do tempo. O Oriente Antigo já fazia isso e de formas variadas, comprovando que a percepção do tempo está diretamente ligada a uma experiência social e não algo intrínseco.
Conforme as tecnologias disponíveis na época, a relação das pessoas com o tempo estava muito mais calcada na natureza, em perceber os astros como indicadores das mudanças de tempo. Hoje se dispõe de mecanismos que acabam por dispensar qualquer preocupação com a fase da lua em que se está.
Embora os mecanismos tenham sido modificados e hoje estejam menos dependentes da natureza, o desejo de contar o tempo, registrar sua passagem e conformar a vida em consonância com esse tempo está presente nas sociedades atuais de forma similar a forma como já estava presente nas sociedades orientais antigas.
Essa “obsessão” do ser humano pelo controle do tempo quer para um registro mais acurado, quer para manipular a história ficam evidentes no trecho do texto que diz:
“Nosso conhecimento sobre a cronologia mesopotâmica se baseia em listas dos anos dos reinados dos soberanos, em listas de eponímios e listas dinásticas, indicando os nomes dos reis e o número de anos de seus reinados. Porém, estas listas não são confiáveis, pois algumas foram redigidas tardiamente, outras contêm distorções voluntárias, a fim de legitimar um rei que teria usurpado o poder, por exemplo”.
O trecho deixa claro artifício mais do que atual de uma forma de experimentação do tempo já conhecida pelos povos antigos: a manipulação política do tempo. Ainda hoje governos, grupos, pessoas se valem da manipulação do tempo e das memórias de um tempo anterior para forjar presentes e perspectivas de futuro.
Referências
MASTRANTONIO MARTINS, Mônica et al. A Questão do Tempo para Norbert Elias: reflexões atuais sobre tempo, subjetividade e interdisciplinaridade. Revista de Psicologia Social e Institucional, Londrina, v. 2, n. 1, jun. 2000. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2018.
Aluna: Laila Alves de Oliveira
A grande questão do texto é a dificuldade na construção de uma cronologia para o mundo antigo e ate os dias de hoje, mesmo com muitas tecnologias como a termoluminescência e o carbono-14,para conseguir a precisão desses acontecimentos históricos, pois eram utilizadas diferentes modos de datação, os antigos costumam marcar o tempo de acordo com aqueles que estavam no poder, acontecimentos políticos, ou algum evento importante, o que era chamado de cronologia relativa, já que não possuímos de fato uma data exata, grande desafio para os historiadores, diferentemente dos dias de hoje, nas sociedades ocidentais, nas quais usamos uma cronologia absoluta, ou seja, marcamos os dias com um calendário juliano-gregoriano que tem como marco o antes e depois do nascimento de Cristo.
ResponderExcluirMesmo com a descobertas arqueológicas e documentos, chamadas de cronologia baixa, que são as mais utilizadas nos dias de hoje, fica difícil se precisar um dia especifico, ou até mesmo o ano, ou ainda se aquele ocorrido de fato aconteceu, pois quem faz a historia é o homem, ou seja “ a história é a ciência dos homens, dos homens no seu tempo." (Apologia da história, Marc Bloch), não é uma ciência exata, dependemos daqueles do seu tempo para que possamos ter alguma informação, sabe-se por exemplo que os mesopotâmicos usavam como calendário a natureza, o movimento do sol e da lua, suas atividades agrícolas, entre outras, sabe-se dessas informações pois ficaram vestígios pelo caminho, e graças a estes que podemos ter acesso a informações valiosa do passado.
Nome: Camila Barcellos
Bibliografia:
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador Rio de Janeiro. Ed. Zahar/2001.