Dominados pelo Segundo Império Babilônico, o povo hebreu aceitou de braços abertos a subjulgação à Ciro, o Grande, quando este conquistou Babilônia, a ponto até mesmo do profeta Isaías chamá-lo de "ungido do Senhor". De fato, os hebreus não foram os únicos a receber o novo Império Aquemênida, pois muitos povos viam na forma de governo e de justiça de Ciro uma opção muito mais viável do que a de seus antigos soberanos. Mas por quê? Ciro não se considerava um conquistador, ele se considerava um libertador. O ponto-chave da dinastia Aquemênida é que eles não diziam ser apenas reis dos persas, mas também reis de todos os outros povos que conquistavam. Ou seja, se Ciro conquista os egípcios, ele também é o rei dos egípcios, portanto, possui o mesmo dever divino para com eles de trazer a justiça e a prosperidade. Essa perspectiva libertadora dos persas é algo que ressurge na contemporaniedade em várias ocasiões como nas Guerras Napoleônicas e na Guerra Fria, a partir do momento em que a legitimidade de uma guerra ou intervenção se dá pela libertação ou proteção de algum povo ou país. Essa legitimação tornou-se a principal razão de ser das guerras contemporâneas.
Muito da aceitação dos povos conquistados por Ciro, no entanto, veio das atitudes do Império Persa após a conquista. Diferente do comum no mundo antigo e até do atual, a classificação de Ciro como um "humanista" se dá muito pela tolerância e pelo caráter multicultural de seu governo. Ao invés de impor a religião persa à todos os seus súditos, Ciro lhes oferece liberdade de culto, algo que fica bem evidente quando, por exemplo, além de libertar os hebreus do cativeiro na Babilônia, ainda ordena a reconstrução do Templo de Jerusalém que fora destruido por Nabucodonosor. Ao invés de suprimir as opiniões e as ciências dos povos subjulgados, essas ciências eram assimiladas e incorporadas dentro da sociedade persa. Esse caráter humanista e multicultural do Império Persa nunca se perdeu. As conquistas de Alexandre tiveram um caráter muito parecido com este. Durante séculos vários outros impérios tiveram essa fasceta, como o Califado Abássida e o Império Mogol. Atualmente, um governo multicultural é visto como um governo mais justo e mais aberto à diversidade.
Por Jonathas Bispo da Silva Reis (201810162811) Referências: http://www.bbc.com/travel/story/20180619-irans-ancient-engineering-marvel Isaías 45:1 https://nacoesunidas.org/em-dia-mundial-unesco-defende-respeito-a-diversidade-de-tradicoes-e-identidades-culturais/
Nome: Gabriel Saldanha Ribeiro dos Santos - 201810290711 Quando o assunto é o que havia de mais atual na Pérsia, a primeira imagem construída no imaginário é a de palácios luxuosos e estruturas enormes. Um exemplo dessas estruturas é a criação de uma “estrada real” que ligava partes importantes do império, facilitando o comércio e o controle por parte do imperador. Outra grande construção é um canal ligando o mar mediterrâneo com o mar vermelho, canal esse chamado de Canal de Dario. Os persas também tinham muitas habilidades com a manipulação de agua, por causa de sua localização que para sobrevivência foi necessário o desenvolvimento de um sistema de capitação e canalização de agua, sistema esse utilizado em Persépolis (grande capital Persa) para a distribuição de agua. Outra “modernidade” persa é a tolerância cultural e religiosa por parte dos lideres, como por exemplo quando libertaram o povo judeu que era mantido como cativo na Babilônia e reconstruíram o templo em Jerusalém. Essa postura humanista foi adotada por Ciro que durante suas dominações tinha a ideia de estar libertando determinado povo. Essa ideia de libertação é mantida até a atualidade, sendo motivo de diversas guerras contemporâneas, a diferença é que até os presentes dias não são a maioria dos países que têm discurso de libertação que são humanistas, a maioria adere só a primeira parte. Referência bibliográfica: https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/persas/amp/ https://www.google.com.br/amp/s/www.infoescola.com/historia/civilizacao-persa/amp/
Dominados pelo Segundo Império Babilônico, o povo hebreu aceitou de braços abertos a subjulgação à Ciro, o Grande, quando este conquistou Babilônia, a ponto até mesmo do profeta Isaías chamá-lo de "ungido do Senhor". De fato, os hebreus não foram os únicos a receber o novo Império Aquemênida, pois muitos povos viam na forma de governo e de justiça de Ciro uma opção muito mais viável do que a de seus antigos soberanos. Mas por quê? Ciro não se considerava um conquistador, ele se considerava um libertador. O ponto-chave da dinastia Aquemênida é que eles não diziam ser apenas reis dos persas, mas também reis de todos os outros povos que conquistavam. Ou seja, se Ciro conquista os egípcios, ele também é o rei dos egípcios, portanto, possui o mesmo dever divino para com eles de trazer a justiça e a prosperidade. Essa perspectiva libertadora dos persas é algo que ressurge na contemporaniedade em várias ocasiões como nas Guerras Napoleônicas e na Guerra Fria, a partir do momento em que a legitimidade de uma guerra ou intervenção se dá pela libertação ou proteção de algum povo ou país. Essa legitimação tornou-se a principal razão de ser das guerras contemporâneas.
ResponderExcluirMuito da aceitação dos povos conquistados por Ciro, no entanto, veio das atitudes do Império Persa após a conquista. Diferente do comum no mundo antigo e até do atual, a classificação de Ciro como um "humanista" se dá muito pela tolerância e pelo caráter multicultural de seu governo. Ao invés de impor a religião persa à todos os seus súditos, Ciro lhes oferece liberdade de culto, algo que fica bem evidente quando, por exemplo, além de libertar os hebreus do cativeiro na Babilônia, ainda ordena a reconstrução do Templo de Jerusalém que fora destruido por Nabucodonosor. Ao invés de suprimir as opiniões e as ciências dos povos subjulgados, essas ciências eram assimiladas e incorporadas dentro da sociedade persa. Esse caráter humanista e multicultural do Império Persa nunca se perdeu. As conquistas de Alexandre tiveram um caráter muito parecido com este. Durante séculos vários outros impérios tiveram essa fasceta, como o Califado Abássida e o Império Mogol. Atualmente, um governo multicultural é visto como um governo mais justo e mais aberto à diversidade.
Por Jonathas Bispo da Silva Reis (201810162811)
Referências:
http://www.bbc.com/travel/story/20180619-irans-ancient-engineering-marvel
Isaías 45:1
https://nacoesunidas.org/em-dia-mundial-unesco-defende-respeito-a-diversidade-de-tradicoes-e-identidades-culturais/
Nome: Gabriel Saldanha Ribeiro dos Santos - 201810290711
ResponderExcluirQuando o assunto é o que havia de mais atual na Pérsia, a primeira imagem construída no imaginário é a de palácios luxuosos e estruturas enormes. Um exemplo dessas estruturas é a criação de uma “estrada real” que ligava partes importantes do império, facilitando o comércio e o controle por parte do imperador. Outra grande construção é um canal ligando o mar mediterrâneo com o mar vermelho, canal esse chamado de Canal de Dario. Os persas também tinham muitas habilidades com a manipulação de agua, por causa de sua localização que para sobrevivência foi necessário o desenvolvimento de um sistema de capitação e canalização de agua, sistema esse utilizado em Persépolis (grande capital Persa) para a distribuição de agua.
Outra “modernidade” persa é a tolerância cultural e religiosa por parte dos lideres, como por exemplo quando libertaram o povo judeu que era mantido como cativo na Babilônia e reconstruíram o templo em Jerusalém. Essa postura humanista foi adotada por Ciro que durante suas dominações tinha a ideia de estar libertando determinado povo.
Essa ideia de libertação é mantida até a atualidade, sendo motivo de diversas guerras contemporâneas, a diferença é que até os presentes dias não são a maioria dos países que têm discurso de libertação que são humanistas, a maioria adere só a primeira parte.
Referência bibliográfica:
https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/persas/amp/
https://www.google.com.br/amp/s/www.infoescola.com/historia/civilizacao-persa/amp/