É importante analisar alguns pontos importantes muito bem elaborados no texto que remonta um cenário na qual o Egito antigo surpreende através de costumes inovadores em sua época. A primeira análise, encontra-se na ideia de que o Egito antigo se tornou um ponto de referência para compreender as estruturas das teorias pré-patriarcais. O conceito “senhora de casa” demonstra que a mulher tinha o poder de controlar decisões familiares, dentre os exemplos encontramos o fato de que a mão da filha era pedida a mãe ou também ao caso de que os egípcios atribuíam o nome da mãe para serem assim identificados. Fica evidente desde já que, as condições das mulheres egípcias eram destacadas pela liberdade que as possuíam quando comparadas com as demais civilizações da época. O texto faz menção a uma série de poemas que podemos analisar e até mesmo comparar com tempos mais atuais. Observando a forma em como os poemas eram escritos de modo a descrever a mulher como um ser perfeito, muitas vezes citando em versos suas curvas e belezas, algo que remonta bem posteriormente com o romantismo que durou na Europa até o século XIX, onde as mulheres no romantismo tiveram um papel importante para o desenvolvimento literário. Elas eram consideradas seres intocáveis e faziam parte de um universo de ilusões dos eternos apaixonados. Vale analisar que, nos dias atuais, a busca pela luta de igualdade de gênero é algo contínuo. Mulheres e homens possuem diferenças tanto salariais quanto sociais que remontam um cenário arcaico. Nessa premissa, o antigo Egito, seguramente, foi algo que permitiu pensar a existência de uma igualdade entre os gêneros naquela sociedade e talvez remontar um cenário do que está faltando nos dias atuais.
Referência: Balthazar, Gregory. "O Feminismo e a Igualdade de Gênero no Antigo Egito: Uma Utopia da Emancipação Feminina"
Tatiana dos Santos Constan Amado UERJ - Matricula: 201810165311
Esse artigo comenta acerca da questão feminina na sociedade egípcia durante o Reino Novo e com isso é possível perceber que o papel da mulher em tal âmbito social era de suma importância, podendo se dizer que a condição feminina se destacava diante de outras nas sociedades vigentes na época. É possível que essa condição fazia com que as mulheres, por exemplo, tivessem o “poder” para conceder suas filhas em casamento – papel exercido não rara as vezes pela figura do pai em sociedades constituídas por um patriarcado. Cabe destacar o quanto esse papel praticado pela condição feminina no antigo Egito possuía características atuais, ou seja, a frente do tempo em relação à época. A liberdade que uma mulher poderia ter naquela época era tanta que, em muitas das vezes, sua voz que era a ativa em um relacionamento. Entretanto, nota-se que a aproximação com a atualidade nem sempre é algo benéfico – uma vez que ao analisar a representação da mulher nos poemas de amor, percebe-se que existia um ideal de beleza feminina e ao fazer um parâmetro com os dias atuais, seria o nosso “padrão de beleza” imposto na sociedade. Essas mulheres podiam recorrer a uma espécie de tribunal caso estivessem em um relacionamento abusivo, também administravam heranças e afins, verificando, assim, uma aproximação com a condição feminina atual.* Por fim, é possível fazer uma reflexão sobre quais são os reflexos dessas relações em nossa sociedade atual. A questão do divórcio para mulher no antigo Egito era, à título de ilustração, algo vanguardista, porém, com o passar do tempo essa situação não continuou a mesma – uma vez que até a segunda metade do século XX, no Brasil, mulheres não podiam se divorciar. Ademais, é capaz de se dizer que a nossa lei que defende mulheres de sofrerem violências doméstica, ao fazer uma alusão, possuí coincidências com os direitos que mulheres egípcias possuíam.
* Referência: PRATAS, Glória Maria. Trabalho e Religião: O papel da mulher na sociedade faraônica. São Paulo: Mandrágora, v. 17, n. 17, 2011, pp. 162
Bruno Higino Costa dos Santos 201810290411 – História/Noite - UERJ
O referido texto aborda a dinâmica das relações sociais do Egito antigo, no Reino Novo, de uma forma bem autêntica, no que diz respeito a protagonismos femininos, para época e porque não escrever, por alguns séculos a frente. Vale ressaltar que os egípcios são precursores em diversas áreas, não sendo diferente em relação a alguma emancipação da mulher. Na leitura do artigo temos acesso a uma descrição de uma sociedade precedente a um patriarcado hegemônico na maioria das localidades do globo terrestre. O feminino não é enfraquecido e tampouco submisso conceitualmente, sendo atribuído inclusive o título de "nebt-per" (Senhora da casa), nos dando a noção do quão influente eram as mulheres nas diligências dos convívios, via de regra ao redor do mundo e por muito tempo até hoje, especificidade e competência do masculino, como senso comum. Assumindo deste modo o aspecto que aponto como mais atual da condição feminina desde o Egito antigo, dadas as conquistas e ascensões da mulher no mundo contemporâneo a elevando ao status de arrimo de muitos lares não somente em termos financeiros, mas também afetivos e gerenciais. Neste bom material se evidencia uma amostragem sociológica que utiliza como fio condutor a tríade composta pela apresentação da condição da mulher propriamente dita, sua influência e comando na vida privada e sua representação artística literária através de fragmentos dos poemas de amor da época. Todavia fica margeada e ou despercebida alguma forma de representatividade e ação feminina de âmbito governamental na sociedade egípcia do Reino Novo, embora fosse conferida à mulher de maneira restrita a transmissão de caráter divino dos reis, uma vez que somente os nascituros do ventre de uma princesa de sangue real o obteria, que de certa forma reservava ao feminino a limitação de ser coadjuvante em tal seara e o que perfaz uma ótica, ao me ver, permanente dessas relações, ainda que em tempos atuais tenhamos chefias de Estados e outros cargos eletivos ocupados por mulheres, mas historicamente falando, em tempos muito recentes. Contudo podemos através do texto ter a informação de que o Egito antigo, nos idos de antes de Cristo, nos oferece um caminho de atingirmos evolutiva e continuamente a igualdade de gêneros, distante ainda hoje.
O grande espanto ao ler o texto é notar o quão moderno pode ser os antigos e o quão antigos podem ser os modernos. O que eu quero dizer com isso, é que a posição da mulher no Antigo Egito pode ter um grau de equiparidade à posição do homem nesta sociedade, algo que ainda hoje é motivo de entravamentos de batalhas para o almejado estado de equilíbrio entre os gêneros. Um dos pontos que chama atenção é o da denominação de "Senhora da casa" atribuída à figura feminina no Egito, nesta posição hierárquica faz com que as tomadas de decisões dentro do lar seja promovidas pela a mulher e não pelo o homem, como se normatizou a crença no mundo Ocidental de que o homem deveria assumir a posição mais elevada dentro do lar. Neste sentido, criou-se um ideário de uma sociedade patriarcal, na qual o homem se sobrepõe a figura da mulher, colocando ela a margem de tomadas de decisões e de representatividade social, relegando-a a papeis subalternos na sociedade ocidental, diferentemente no Reino Médio, na qual a sociedade incorpora a figura feminina como uma de provedora da harmonia e da administração da casa sem se sobrepor ao homem, promovendo uma espécie de equilíbrio entres homens e mulheres. Continuando na questão de provedora do lar, no Egito, a mulher tinha espaço suficiente para dar as diretrizes das relações familiar dentro de casa, atualmente vemos que a figura feminina ainda é muito remetida ao lar, porém com adjetivações que a colocam em um patamar de inferioridade, tendo apenas funções de cunho domésticos, como na criação dos filhos, na limpeza da casa, de fazer a janta, não participando das tomadas de decisões familiar, papel que é assumido pelo homem como chefe da casa. Ainda que exista uma diferenciação da divisão do trabalho no Egito Antigo, as funções eram bem equilibradas entre os homens e as mulheres. A condição de vida feminina no aspecto jurídico, pode ser entendida com melhor no antigo Egito à que a condição da mulher até meados dos século XX no Brasil, onde a mulher não tinha direito à participar dos pleitos eleitorais e em uma série de questões de sua vida, como no caso de não ter a quem recorrer em casos de agressões físicas de seu marido, opostamente ocorria no Egito que a mulher poderia recorrer e denunciar seu marido em casos de maus tratos. A percepção que muitos de nós temos é de que o processo de tempo histórico é algo progressivo, evolutivo, ou seja, que as sociedade vão caminhado para o progresso a medida que o tempo vai do passado em direção ao encontro do futuro. Porém esta percepção pode ser muito equivocada quando analisamos questões como a posição social da mulher nas diferentes sociedades no tempo, podemos ver que mesmo os Antigos Egípcios tinham um certo grau de equiparidade entre homens e mulher, questão que hoje ainda é muito discutida para chegar-se à este ideal.
Aluno: Victor Hugo Alexandre Bezerra Matrícula: 201810164311
Como destaca Thamis Malena Marciano Caria no seu texto “Aspectos da condição feminina no Egito”, as mulheres egípcias ocupavam uma posição social importante. Essa questão, da posição social da mulher egípcia, vai ao encontro a uma temática que é colocada em pauta de tempos em tempos, o “empoderamento feminino”. Como afirma Gohn (2004), o termo empowerment, ou simplesmente empoderamento, tem sido traduzido no Brasil como o conjunto de práticas que visam impulsionar o crescimento de grupos e comunidades (como por exemplo a melhoria de condições materiais) ou simplesmente a integração dos excluídos. Para Cortez & L. Souza (2008), na sociedade contemporânea, a relação dicotômica existente no estabelecimento de uma relação que possui por um lado o “poder” (representado pelo homem) e do outro a ausência desse (representado pela mulher), “vem sofrendo ao longo dos anos uma série de abalos, decorrentes principalmente dos avanços das conquistas femininas relativas à inserção da mulher em espaços considerados masculinos” (CORTEZ & L.SOUZA, 2008, p.172). Além do mais, como afirmam Cortez & L. essa inserção da mulher nesses ambientes lhes assegura um empoderamento capaz de garantir sua busca por autonomia. Dessa forma, as mulheres egípcias ao receberem tratamento igualitário ao dos homens em todas as instâncias da vida social, o que garantia a elas inclusão e, também terem o direito de administrar seus próprios bens, o que lhes assegurava autonomia, pode-se afirmar que o que havia de mais atual no Egito, concernia empoderamento feminino. O que permaneceu das relações entre homens e mulheres, desde o o Egito Antigo até a contemporaneidade, está bem caracterizado na resiliência da divisão desigual de tarefas entre homens e mulheres. Portanto, observa-se que hoje em dia, como ocorria no Egito, na grande de maioria dos núcleos familiares modernos, as mulheres ainda são responsáveis por cuidar da casa e dos filhos, preparar ao alimentos e, cada vez mais lhes é demandado auxiliar no sustento material do lar, isto quando elas próprias não se constituem como as únicas provedoras. GOHN, Maria da Glória. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais. Saúde e sociedade, v. 13, p. 20-31, 2004. CORTEZ, Mirian Béccheri; SOUZA, Lídio de. Mulheres (in) subordinadas: o empoderamento feminino e suas repercussões nas ocorrências de violência conjugal. 2008
Em relação ao papel do feminino dentro da religião, e da sociedade, egípcia dois casos expressam bem a representação da mulher dentro da mitologia. O primeiro ocorre quando a deusa Nut, sendo deusa do céu, e mãe de outros deuses importantes do panteão egípcio, é obrigada a ficar em forma de abóboda, com os pés e mãos tocando Geb, Deus da Terra e seu marido, porquê seu avô Rá com medo de uma profecia obriga a Shu, seu pai, a separa-los. Contudo, Rá ainda depende dela para nascer e ser engolido todos os dias, o que causa a interpretação de morte e o renascimento. O outro caso se dá por Ísis, filha de Nut e Geb, casada com seu irmão Osíris passa por uma jornada depois que seu irmão invejoso, Seth, mata e esquarteja Osíris duas vezes. Ísis assume uma posição de lealdade ao juntar seu marido em ambas ocasiões e lutar por sua ressurreição, o que leva a concepção de Hórus posteriormente. Em ambos os casos as figuras não se mostravam apáticas as situações impostas e nem submissas perante a figura dos outros deuses, pelo contrário elas possuem papéis essenciais. Na sociedade ocidental patriarcal, por muito tempo a figura feminina foi tratada apenas como o outro do principal ser, o homem, e a busca pela emancipação desse papel vem acontecendo através de várias lutas por meio de movimentos sociais para que a mulher atual tenha um tipo de igualdade que no Reino Novo (1070 a.C.) já se possuía, como por exemplo, o divórcio que só se torna possível para mulher brasileira na década de 70, mas já era um direito para as egípcias desse período. Contudo, também existia papéis sexistas nessa sociedade, como ocupações entendidas para figura feminina, como o cuidado dos filhos, porém essa mesma mulher tinha o título e a autoridade de Senhora da Casa (nebt-per), sendo ela quem decidia com quem a filha casaria. Em paralelo, a sociedade brasileira contemporânea a maior parte dos lares são geridos por mulheres, não só pela autoridade de mãe, como por ser a principal, ou única, provedora. Outra questão importante de ressaltar é a possibilidade de se tornar governante, o próprio Faraó, de todo o Egito. Quando se analisa os registros, essa função foi mais ocupada por homens e governos femininos eram vistos como algo que desagradava a vontade de Maat. Contudo, uma mulher de sangue real da dinastia poderia ascender, como a famosa Cleópatra VII Filópator ou Hatshepsut, coisa inconcebível a maioria dos povos da época, inconcebível até mesmo para o Brasil, que somente em 1932 tornou isso possível e ainda assim, somente em 2011 teve pela primeira vez uma mulher ocupando o cargo de chefe de Estado. Porém, cargos públicos ocupados por mulheres eram raros, como a função de escriba que pouco foi ocupada por elas. O Antigo Egito é sem dúvidas uma referência quando se tratada de evolução humana no sentido científico, tecnológico e social. Mas é importante não romantizar e nem diminuir suas características sociais, sendo estas um reflexo do seu tempo e da sua própria moralidade, que nesse curso demonstrou algo não tão distante da nossa mesmo com a distância temporal. SOUZA, Aline Fernandes de. A mulher-faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (EGITO ANTIGO- SÉCULO VX A.C.). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Niterói: UFF, 2012 NOBLECOURT, Christiane Desroches. A mulher no tempo dos faraós. Campinas: Papi-rus, 1994. CAMARA, Gisele Marques. Maat: o princípio ordenador do cosmo egípcio: uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no Reino Antigo (2686-2181 a.C.) e no Reino Médio (2055-1650 a.C). Dissertação(Mestrado)- UFF, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2011.
Maria Manuela Vitoria Fonseca Lourenço/201810165411
é notório salientar, que apesar de se ter um contexto totalmente diferente. é possível destacar a liderança feminina nos lares do Antigo Egito e nos de hoje também. Porém, naquele contexto histórico as mulheres eram literalmente o referencial de poder da casa, por isso eram conhecidas como "Senhoras da casa", o que lhe faria lider tal qual a figura masculina. Os lares tinham uma estrutura matriarcal, onde quem tinha o poder de decisão eram as mulheres ( exemplo, pedido de casamento) era feito para a mãe e não para o pai. Ao ficarem viúvas elas não necessitam de homem, elas tomavam o papel de lideres do lar. apesar de se ter ciencia dos casamentos arranjados, é possivel perceber através dos poemas, escritos e figuras que essas relações eram cercadas de amor. homem demonstra zelo e cuidado pela sua companheira, mas se tivesse traição por parte da esposa, esse tinha o direito de matá-la. É interessante deixar registrado, que nos dias de hoje esse comportamento por motivo amoroso ainda se repete de forma reincidente nos dias atuais, mas é visto como crime e no que diz respeito é pautado até por LEI : MARIA DA PENHA! MAS, infelizmente o numero de mulheres vitima de cresce cada vez mais! reflexo da Sociedade patriarcal e machista em que ainda vivemos, diferente da posição do papel da mulher no Antigo egito.
Usei como referencia : https://youtu.be/sstwlvSswxg
O texto apresentado aborda a condição feminina no Egito e nos mostra uma visão bastante curiosa, principalmente por se tratar de uma civilização antiga, sobre os costumes e o papel da mulher na sociedade daquela época. Ao comparar a sociedade egípcia em relação a outras civilizações antigas, percebe-se um pensamento, principalmente na questão de direitos, de uma igualdade em relação ao homem. O curioso está justamente no fato de que séculos atrás as mulheres no Egito tinham liberdades que hoje, em muitas sociedades, elas precisaram lutar e continuam lutando para ter. Um grande exemplo é a liberdade que a mulher tinha para trabalhar, seja na fabricação de cerveja ou na tecelagem, e não ficavam presas em casa apenas cuidando dos seus filhos. Além disso, as mulheres podiam escolher os seus parceiros, se separar caso desejassem e denunciar maus tratos dos seus companheiros. Todos esses aspectos comparando com a sociedade atual não parece possui tamanha importância, tendo em vista que apesar de ainda vivermos em uma sociedade machistas, a liberdade, ainda que muitas vezes não respeitada, para as mulheres existe. Mas, ao relacionar esses aspectos a uma cultura antiga, é extremamente grandioso. É interessante destacar uma visão que temos até hoje em relação a mulher. Desde a época do Egito, como relata as poesias destacadas no texto, a mulher é vista como um ser delicado e sutil. Ela possui uma preocupação com sua estética e faz uso dela para conquistar os seus pretendentes. É importante destacar, também que na sociedade egípcia existia uma padrão de mulher ideal, assim como hoje mulheres brancas,magras e altas são vistas como mulheres perfeitas. Em suma, as mulheres egípcias possuíam tratamentos em que muitas culturas ainda hoje não é possível se ter, e as que hoje possuem é apenas um resultado de anos de luta para que fosse dessa maneira. Observar esses aspectos é de extrema importância, principalmente para se aprender com o passado. Ele tem muito a nos falar e nós temos muito o que ouvir.
O artigo de autoria de Thamis Malena Marciano Caria, trata da condição feminina no Egito Antigo, durante o Reino Novo. É necessário frisar a importância social das mulheres no Egito Antigo. O título concedido a elas “nebt-per”, ou seja Senhora da casa, é um exemplo notório do poder que tais mulheres exerciam em situações particulares. O exemplo de que os namorados deveriam pedir a mãe da jovem para selar o compromisso e o fato de que os egípcios davam o nome de sua mãe para serem identificados são exemplos da hierarquia familiar existente no Egito Antigo e como o poder privado era concedido às mulheres. Sendo assim, ao meu ver, pode ser afirmado a possível existência de uma vida privada matriarcal. Outro ponto interessante é o fato de que podiam possuir e administrar seus bens, reclamar sobre maus tratos cometidos pelo marido e, assim como as mulheres muçulmanas, tinham o direito de pedir divórcio. Contudo deve ser mencionado que devemos tomar cuidado ao falarmos sobre um “empoderamento” feminino naquele período, já que, segundo o texto, existiam ideais de beleza e estética que eram seguidas pelas mulheres e apreciados pelos homens, tal como a “pintura dos olhos”. Além do fato de não estarem muito presentes no âmbito governamental no Antigo Egito. Outro ponto interessante, são os poemas de amor e que apesar da crença de que só existiam relações de contrato, havia sim relações de amor. Convém mencionar, a vida literária das mulheres, já que elas também escreviam poemas de amor. Apesar de alguns aspectos que hoje podem ser considerados machistas, é notório o poder exercido pelas mulheres em algumas áreas durante o Egito Antigo. Por fim, é importante compararmos a nossa sociedade com àquela e compreendermos o quão nós ainda temos que aprendermos. Referências https://tudorbrasil.com/2016/01/22/a-mulher-no-antigo-egito/ https://antigoegito.org/mulheres-egipcias/ BALTHAZAR,Gregory. "O Feminismo e a Igualdade de Gênero no Antigo Egito: Uma Utopia da Emancipação Feminina" SILVA, Thais. “A senhora da casa ou a dona da casa? Construções sobre gênero e alimentação no Egito Antigo” Aluna: Tainara Weber Scain 201810291411
A respeito do que havia de atual na condição feminina no Egito, a noção principalmente que deve ser levada em conta é a Liberdade que a mulher tinha. Por mais que no Egito a mulher tivesse funções pré estabelecidas dentro do lar, onde ela exercia sua função de “senhora do lar”( tendo o poder de tomar as decisões que envolviam a família), as mulheres no Egito não estavam confinadas ao serviços de casa, elas poderiam circular pelas cidades sem véus, recebendo o mesmo tratamento que os homens em diferentes instâncias da vida social, ainda poderiam exercer ofícios que iam além da casa, como administração de comércio ou produção de tecido, tinham a liberdade de possuir e administrar seus próprios bens assim como tinham direitos que deveriam ser respeitados pelo seu parceiro, podendo acusá-lo de maus-tratos e até exigindo o divórcio. Outrossim, vale destacar a figura da mulher como autoridade religiosa e política, tendo como exemplo religioso o mito de Ísis e como a mesma salvou seu marido da morte duas vezes, quanto ao poder político, temos a mulher-faraó Hatshepsut, que comandou o Egito por duas décadas. Portanto, é possível identificar que as mulheres no Egito antigo tinha direitos que iam muito além das demais civilizações da antiguidade, sendo ainda de pasmar, que em certas questões podemos considerar os egípcios como estando na nossa frente por muito tempo, visto que no Brasil o divórcio foi instituído oficialmente com a emenda constitucional número 9, de 28 de junho de 1977, enquanto no Egito ele já era um direito das mulheres, quanto ao poder político, o Brasil só teve a primeira mulher como chefe de estado em 2010 e até no âmbito religioso a figura da mulher é questionada, vide toda repercussão em torno da figura de Maria Madalena no evangelho. Quando analisamos sobre o que permaneceu das relações antigas quando a mulher, é visível como a beleza ainda recebe mais importância do que deveria na figura feminina, assim como no Egito antigo, ao analisarmos as poesias encontradas no papiro Chester Beatty I podemos evidenciar como a beleza ainda é o foco quando se descreve a mulher, deixando de lado todas as questões que não se expressam visualmente, assim como no cenário atual onde(infelizmente)a mulher por muitas vezes é julgada apenas por sua aparência. É ainda cabível a compreensão de uma mulher sobrecarregada pela sociedade, na qual é imposta a obrigação de tomar conta da casa, por mais que a questão da “senhora do lar” tenha sido supracitada como uma prova do poder feminino no Egito antigo, existe outro lado desse dever, a mulher poderia exercer outros ofícios, mas não poderia a abandonar os cuidados com o lar. Portanto, pode ser considerado quase impossível não comparar a “Senhora do lar” do Egito com a “Dona de Casa” da atualidade, ambas recebem a obrigação de cuidar da moradia e da família e diversas vezes são sobrecarregadas por tal obrigação já que devem vincular a mesma com outras, cuidando da casa, dos filhos e trabalhando fora, sustentando o pilar de sua família, dura função que inúmeras vezes a mulher desempenha sozinha.
Bibliografia: SOUZA, Aline Fernandes de. A mulher-faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (EGITO ANTIGO- SÉCULO VX A.C.)
É importante analisar alguns pontos importantes muito bem elaborados no texto que remonta um cenário na qual o Egito antigo surpreende através de costumes inovadores em sua época. A primeira análise, encontra-se na ideia de que o Egito antigo se tornou um ponto de referência para compreender as estruturas das teorias pré-patriarcais. O conceito “senhora de casa” demonstra que a mulher tinha o poder de controlar decisões familiares, dentre os exemplos encontramos o fato de que a mão da filha era pedida a mãe ou também ao caso de que os egípcios atribuíam o nome da mãe para serem assim identificados. Fica evidente desde já que, as condições das mulheres egípcias eram destacadas pela liberdade que as possuíam quando comparadas com as demais civilizações da época.
ResponderExcluirO texto faz menção a uma série de poemas que podemos analisar e até mesmo comparar com tempos mais atuais. Observando a forma em como os poemas eram escritos de modo a descrever a mulher como um ser perfeito, muitas vezes citando em versos suas curvas e belezas, algo que remonta bem posteriormente com o romantismo que durou na Europa até o século XIX, onde as mulheres no romantismo tiveram um papel importante para o desenvolvimento literário. Elas eram consideradas seres intocáveis e faziam parte de um universo de ilusões dos eternos apaixonados.
Vale analisar que, nos dias atuais, a busca pela luta de igualdade de gênero é algo contínuo. Mulheres e homens possuem diferenças tanto salariais quanto sociais que remontam um cenário arcaico. Nessa premissa, o antigo Egito, seguramente, foi algo que permitiu pensar a existência de uma igualdade entre os gêneros naquela sociedade e talvez remontar um cenário do que está faltando nos dias atuais.
Referência:
Balthazar, Gregory. "O Feminismo e a Igualdade de Gênero no Antigo Egito: Uma Utopia da Emancipação Feminina"
Tatiana dos Santos Constan Amado
UERJ - Matricula: 201810165311
Esse artigo comenta acerca da questão feminina na sociedade egípcia durante o Reino Novo e com isso é possível perceber que o papel da mulher em tal âmbito social era de suma importância, podendo se dizer que a condição feminina se destacava diante de outras nas sociedades vigentes na época. É possível que essa condição fazia com que as mulheres, por exemplo, tivessem o “poder” para conceder suas filhas em casamento – papel exercido não rara as vezes pela figura do pai em sociedades constituídas por um patriarcado.
ResponderExcluirCabe destacar o quanto esse papel praticado pela condição feminina no antigo Egito possuía características atuais, ou seja, a frente do tempo em relação à época. A liberdade que uma mulher poderia ter naquela época era tanta que, em muitas das vezes, sua voz que era a ativa em um relacionamento. Entretanto, nota-se que a aproximação com a atualidade nem sempre é algo benéfico – uma vez que ao analisar a representação da mulher nos poemas de amor, percebe-se que existia um ideal de beleza feminina e ao fazer um parâmetro com os dias atuais, seria o nosso “padrão de beleza” imposto na sociedade. Essas mulheres podiam recorrer a uma espécie de tribunal caso estivessem em um relacionamento abusivo, também administravam heranças e afins, verificando, assim, uma aproximação com a condição feminina atual.*
Por fim, é possível fazer uma reflexão sobre quais são os reflexos dessas relações em nossa sociedade atual. A questão do divórcio para mulher no antigo Egito era, à título de ilustração, algo vanguardista, porém, com o passar do tempo essa situação não continuou a mesma – uma vez que até a segunda metade do século XX, no Brasil, mulheres não podiam se divorciar. Ademais, é capaz de se dizer que a nossa lei que defende mulheres de sofrerem violências doméstica, ao fazer uma alusão, possuí coincidências com os direitos que mulheres egípcias possuíam.
* Referência: PRATAS, Glória Maria. Trabalho e Religião: O papel da mulher na sociedade faraônica. São Paulo: Mandrágora, v. 17, n. 17, 2011, pp. 162
Bruno Higino Costa dos Santos
201810290411 – História/Noite - UERJ
O referido texto aborda a dinâmica das relações sociais do Egito antigo, no Reino Novo, de uma forma bem autêntica, no que diz respeito a protagonismos femininos, para época e porque não escrever, por alguns séculos a frente. Vale ressaltar que os egípcios são precursores em diversas áreas, não sendo diferente em relação a alguma emancipação da mulher.
ResponderExcluirNa leitura do artigo temos acesso a uma descrição de uma sociedade precedente a um patriarcado hegemônico na maioria das localidades do globo terrestre. O feminino não é enfraquecido e tampouco submisso conceitualmente, sendo atribuído inclusive o título de "nebt-per" (Senhora da casa), nos dando a noção do quão influente eram as mulheres nas diligências dos convívios, via de regra ao redor do mundo e por muito tempo até hoje, especificidade e competência do masculino, como senso comum. Assumindo deste modo o aspecto que aponto como mais atual da condição feminina desde o Egito antigo, dadas as conquistas e ascensões da mulher no mundo contemporâneo a elevando ao status de arrimo de muitos lares não somente em termos financeiros, mas também afetivos e gerenciais.
Neste bom material se evidencia uma amostragem sociológica que utiliza como fio condutor a tríade composta pela apresentação da condição da mulher propriamente dita, sua influência e comando na vida privada e sua representação artística literária através de fragmentos dos poemas de amor da época. Todavia fica margeada e ou despercebida alguma forma de representatividade e ação feminina de âmbito governamental na sociedade egípcia do Reino Novo, embora fosse conferida à mulher de maneira restrita a transmissão de caráter divino dos reis, uma vez que somente os nascituros do ventre de uma princesa de sangue real o obteria, que de certa forma reservava ao feminino a limitação de ser coadjuvante em tal seara e o que perfaz uma ótica, ao me ver, permanente dessas relações, ainda que em tempos atuais tenhamos chefias de Estados e outros cargos eletivos ocupados por mulheres, mas historicamente falando, em tempos muito recentes.
Contudo podemos através do texto ter a informação de que o Egito antigo, nos idos de antes de Cristo, nos oferece um caminho de atingirmos evolutiva e continuamente a igualdade de gêneros, distante ainda hoje.
Referência:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/a-mulher-no-antigo-egito.htm
BALTHAZAR,Gregory. "O Feminismo e a Igualdade de Gênero no Antigo Egito: Uma Utopia da Emancipação Feminina"
Rodrigo da Conceição Reis Telles
Matrícula: 201810163511
O grande espanto ao ler o texto é notar o quão moderno pode ser os antigos e o quão antigos podem ser os modernos. O que eu quero dizer com isso, é que a posição da mulher no Antigo Egito pode ter um grau de equiparidade à posição do homem nesta sociedade, algo que ainda hoje é motivo de entravamentos de batalhas para o almejado estado de equilíbrio entre os gêneros.
ResponderExcluirUm dos pontos que chama atenção é o da denominação de "Senhora da casa" atribuída à figura feminina no Egito, nesta posição hierárquica faz com que as tomadas de decisões dentro do lar seja promovidas pela a mulher e não pelo o homem, como se normatizou a crença no mundo Ocidental de que o homem deveria assumir a posição mais elevada dentro do lar. Neste sentido, criou-se um ideário de uma sociedade patriarcal, na qual o homem se sobrepõe a figura da mulher, colocando ela a margem de tomadas de decisões e de representatividade social, relegando-a a papeis subalternos na sociedade ocidental, diferentemente no Reino Médio, na qual a sociedade incorpora a figura feminina como uma de provedora da harmonia e da administração da casa sem se sobrepor ao homem, promovendo uma espécie de equilíbrio entres homens e mulheres. Continuando na questão de provedora do lar, no Egito, a mulher tinha espaço suficiente para dar as diretrizes das relações familiar dentro de casa, atualmente vemos que a figura feminina ainda é muito remetida ao lar, porém com adjetivações que a colocam em um patamar de inferioridade, tendo apenas funções de cunho domésticos, como na criação dos filhos, na limpeza da casa, de fazer a janta, não participando das tomadas de decisões familiar, papel que é assumido pelo homem como chefe da casa.
Ainda que exista uma diferenciação da divisão do trabalho no Egito Antigo, as funções eram bem equilibradas entre os homens e as mulheres. A condição de vida feminina no aspecto jurídico, pode ser entendida com melhor no antigo Egito à que a condição da mulher até meados dos século XX no Brasil, onde a mulher não tinha direito à participar dos pleitos eleitorais e em uma série de questões de sua vida, como no caso de não ter a quem recorrer em casos de agressões físicas de seu marido, opostamente ocorria no Egito que a mulher poderia recorrer e denunciar seu marido em casos de maus tratos.
A percepção que muitos de nós temos é de que o processo de tempo histórico é algo progressivo, evolutivo, ou seja, que as sociedade vão caminhado para o progresso a medida que o tempo vai do passado em direção ao encontro do futuro. Porém esta percepção pode ser muito equivocada quando analisamos questões como a posição social da mulher nas diferentes sociedades no tempo, podemos ver que mesmo os Antigos Egípcios tinham um certo grau de equiparidade entre homens e mulher, questão que hoje ainda é muito discutida para chegar-se à este ideal.
Aluno: Victor Hugo Alexandre Bezerra
Matrícula: 201810164311
Referencia: https://tudorbrasil.com/2016/01/22/a-mulher-no-antigo-egito/
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ResponderExcluirComo destaca Thamis Malena Marciano Caria no seu texto “Aspectos da condição feminina no Egito”, as mulheres egípcias ocupavam uma posição social importante. Essa questão, da posição social da mulher egípcia, vai ao encontro a uma temática que é colocada em pauta de tempos em tempos, o “empoderamento feminino”. Como afirma Gohn (2004), o termo empowerment, ou simplesmente empoderamento, tem sido traduzido no Brasil como o conjunto de práticas que visam impulsionar o crescimento de grupos e comunidades (como por exemplo a melhoria de condições materiais) ou simplesmente a integração dos excluídos. Para Cortez & L. Souza (2008), na sociedade contemporânea, a relação dicotômica existente no estabelecimento de uma relação que possui por um lado o “poder” (representado pelo homem) e do outro a ausência desse (representado pela mulher), “vem sofrendo ao longo dos anos uma série de abalos, decorrentes principalmente dos avanços das conquistas femininas relativas à inserção da mulher em espaços considerados masculinos” (CORTEZ & L.SOUZA, 2008, p.172). Além do mais, como afirmam Cortez & L. essa inserção da mulher nesses ambientes lhes assegura um empoderamento capaz de garantir sua busca por autonomia.
ResponderExcluirDessa forma, as mulheres egípcias ao receberem tratamento igualitário ao dos homens em todas as instâncias da vida social, o que garantia a elas inclusão e, também terem o direito de administrar seus próprios bens, o que lhes assegurava autonomia, pode-se afirmar que o que havia de mais atual no Egito, concernia empoderamento feminino.
O que permaneceu das relações entre homens e mulheres, desde o o Egito Antigo até a contemporaneidade, está bem caracterizado na resiliência da divisão desigual de tarefas entre homens e mulheres. Portanto, observa-se que hoje em dia, como ocorria no Egito, na grande de maioria dos núcleos familiares modernos, as mulheres ainda são responsáveis por cuidar da casa e dos filhos, preparar ao alimentos e, cada vez mais lhes é demandado auxiliar no sustento material do lar, isto quando elas próprias não se constituem como as únicas provedoras.
GOHN, Maria da Glória. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais. Saúde e sociedade, v. 13, p. 20-31, 2004.
CORTEZ, Mirian Béccheri; SOUZA, Lídio de. Mulheres (in) subordinadas: o empoderamento feminino e suas repercussões nas ocorrências de violência conjugal. 2008
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ResponderExcluirEm relação ao papel do feminino dentro da religião, e da sociedade, egípcia dois casos expressam bem a representação da mulher dentro da mitologia. O primeiro ocorre quando a deusa Nut, sendo deusa do céu, e mãe de outros deuses importantes do panteão egípcio, é obrigada a ficar em forma de abóboda, com os pés e mãos tocando Geb, Deus da Terra e seu marido, porquê seu avô Rá com medo de uma profecia obriga a Shu, seu pai, a separa-los. Contudo, Rá ainda depende dela para nascer e ser engolido todos os dias, o que causa a interpretação de morte e o renascimento. O outro caso se dá por Ísis, filha de Nut e Geb, casada com seu irmão Osíris passa por uma jornada depois que seu irmão invejoso, Seth, mata e esquarteja Osíris duas vezes. Ísis assume uma posição de lealdade ao juntar seu marido em ambas ocasiões e lutar por sua ressurreição, o que leva a concepção de Hórus posteriormente. Em ambos os casos as figuras não se mostravam apáticas as situações impostas e nem submissas perante a figura dos outros deuses, pelo contrário elas possuem papéis essenciais.
ResponderExcluirNa sociedade ocidental patriarcal, por muito tempo a figura feminina foi tratada apenas como o outro do principal ser, o homem, e a busca pela emancipação desse papel vem acontecendo através de várias lutas por meio de movimentos sociais para que a mulher atual tenha um tipo de igualdade que no Reino Novo (1070 a.C.) já se possuía, como por exemplo, o divórcio que só se torna possível para mulher brasileira na década de 70, mas já era um direito para as egípcias desse período. Contudo, também existia papéis sexistas nessa sociedade, como ocupações entendidas para figura feminina, como o cuidado dos filhos, porém essa mesma mulher tinha o título e a autoridade de Senhora da Casa (nebt-per), sendo ela quem decidia com quem a filha casaria. Em paralelo, a sociedade brasileira contemporânea a maior parte dos lares são geridos por mulheres, não só pela autoridade de mãe, como por ser a principal, ou única, provedora.
Outra questão importante de ressaltar é a possibilidade de se tornar governante, o próprio Faraó, de todo o Egito. Quando se analisa os registros, essa função foi mais ocupada por homens e governos femininos eram vistos como algo que desagradava a vontade de Maat. Contudo, uma mulher de sangue real da dinastia poderia ascender, como a famosa Cleópatra VII Filópator ou Hatshepsut, coisa inconcebível a maioria dos povos da época, inconcebível até mesmo para o Brasil, que somente em 1932 tornou isso possível e ainda assim, somente em 2011 teve pela primeira vez uma mulher ocupando o cargo de chefe de Estado. Porém, cargos públicos ocupados por mulheres eram raros, como a função de escriba que pouco foi ocupada por elas.
O Antigo Egito é sem dúvidas uma referência quando se tratada de evolução humana no sentido científico, tecnológico e social. Mas é importante não romantizar e nem diminuir suas características sociais, sendo estas um reflexo do seu tempo e da sua própria moralidade, que nesse curso demonstrou algo não tão distante da nossa mesmo com a distância temporal.
SOUZA, Aline Fernandes de. A mulher-faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (EGITO ANTIGO- SÉCULO VX A.C.). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Niterói: UFF, 2012
NOBLECOURT, Christiane Desroches. A mulher no tempo dos faraós. Campinas: Papi-rus, 1994.
CAMARA, Gisele Marques. Maat: o princípio ordenador do cosmo egípcio: uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no Reino Antigo (2686-2181 a.C.) e no Reino Médio (2055-1650 a.C). Dissertação(Mestrado)- UFF, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2011.
Maria Manuela Vitoria Fonseca Lourenço/201810165411
é notório salientar, que apesar de se ter um contexto totalmente diferente. é possível destacar a liderança feminina nos lares do Antigo Egito e nos de hoje também.
ResponderExcluirPorém, naquele contexto histórico as mulheres eram literalmente o referencial de poder da casa, por isso eram conhecidas como "Senhoras da casa", o que lhe faria lider tal qual a figura masculina.
Os lares tinham uma estrutura matriarcal, onde quem tinha o poder de decisão eram as mulheres ( exemplo, pedido de casamento) era feito para a mãe e não para o pai.
Ao ficarem viúvas elas não necessitam de homem, elas tomavam o papel de lideres do lar.
apesar de se ter ciencia dos casamentos arranjados, é possivel perceber através dos poemas, escritos e figuras que essas relações eram cercadas de amor.
homem demonstra zelo e cuidado pela sua companheira, mas se tivesse traição por parte da esposa, esse tinha o direito de matá-la.
É interessante deixar registrado, que nos dias de hoje esse comportamento por motivo amoroso ainda se repete de forma reincidente nos dias atuais, mas é visto como crime e no que diz respeito é pautado até por LEI : MARIA DA PENHA!
MAS, infelizmente o numero de mulheres vitima de cresce cada vez mais!
reflexo da Sociedade patriarcal e machista em que ainda vivemos, diferente da posição do papel da mulher no Antigo egito.
Usei como referencia : https://youtu.be/sstwlvSswxg
O texto apresentado aborda a condição feminina no Egito e nos mostra uma visão bastante curiosa, principalmente por se tratar de uma civilização antiga, sobre os costumes e o papel da mulher na sociedade daquela época.
ResponderExcluirAo comparar a sociedade egípcia em relação a outras civilizações antigas, percebe-se um pensamento, principalmente na questão de direitos, de uma igualdade em relação ao homem. O curioso está justamente no fato de que séculos atrás as mulheres no Egito tinham liberdades que hoje, em muitas sociedades, elas precisaram lutar e continuam lutando para ter. Um grande exemplo é a liberdade que a mulher tinha para trabalhar, seja na fabricação de cerveja ou na tecelagem, e não ficavam presas em casa apenas cuidando dos seus filhos. Além disso, as mulheres podiam escolher os seus parceiros, se separar caso desejassem e denunciar maus tratos dos seus companheiros. Todos esses aspectos comparando com a sociedade atual não parece possui tamanha importância, tendo em vista que apesar de ainda vivermos em uma sociedade machistas, a liberdade, ainda que muitas vezes não respeitada, para as mulheres existe. Mas, ao relacionar esses aspectos a uma cultura antiga, é extremamente grandioso.
É interessante destacar uma visão que temos até hoje em relação a mulher. Desde a época do Egito, como relata as poesias destacadas no texto, a mulher é vista como um ser delicado e sutil. Ela possui uma preocupação com sua estética e faz uso dela para conquistar os seus pretendentes. É importante destacar, também que na sociedade egípcia existia uma padrão de mulher ideal, assim como hoje mulheres brancas,magras e altas são vistas como mulheres perfeitas.
Em suma, as mulheres egípcias possuíam tratamentos em que muitas culturas ainda hoje não é possível se ter, e as que hoje possuem é apenas um resultado de anos de luta para que fosse dessa maneira. Observar esses aspectos é de extrema importância, principalmente para se aprender com o passado. Ele tem muito a nos falar e nós temos muito o que ouvir.
Referência:
https://antigoegito.org/mulheres-egipcias/
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/a-mulher-no-antigo-egito.htm
João Paulo Silva Teixeira
Matrícula: 201810165111
O artigo de autoria de Thamis Malena Marciano Caria, trata da condição feminina no Egito Antigo, durante o Reino Novo. É necessário frisar a importância social das mulheres no Egito Antigo. O título concedido a elas “nebt-per”, ou seja Senhora da casa, é um exemplo notório do poder que tais mulheres exerciam em situações particulares.
ResponderExcluirO exemplo de que os namorados deveriam pedir a mãe da jovem para selar o compromisso e o fato de que os egípcios davam o nome de sua mãe para serem identificados são exemplos da hierarquia familiar existente no Egito Antigo e como o poder privado era concedido às mulheres. Sendo assim, ao meu ver, pode ser afirmado a possível existência de uma vida privada matriarcal. Outro ponto interessante é o fato de que podiam possuir e administrar seus bens, reclamar sobre maus tratos cometidos pelo marido e, assim como as mulheres muçulmanas, tinham o direito de pedir divórcio.
Contudo deve ser mencionado que devemos tomar cuidado ao falarmos sobre um “empoderamento” feminino naquele período, já que, segundo o texto, existiam ideais de beleza e estética que eram seguidas pelas mulheres e apreciados pelos homens, tal como a “pintura dos olhos”. Além do fato de não estarem muito presentes no âmbito governamental no Antigo Egito.
Outro ponto interessante, são os poemas de amor e que apesar da crença de que só existiam relações de contrato, havia sim relações de amor. Convém mencionar, a vida literária das mulheres, já que elas também escreviam poemas de amor.
Apesar de alguns aspectos que hoje podem ser considerados machistas, é notório o poder exercido pelas mulheres em algumas áreas durante o Egito Antigo. Por fim, é importante compararmos a nossa sociedade com àquela e compreendermos o quão nós ainda temos que aprendermos.
Referências
https://tudorbrasil.com/2016/01/22/a-mulher-no-antigo-egito/
https://antigoegito.org/mulheres-egipcias/
BALTHAZAR,Gregory. "O Feminismo e a Igualdade de Gênero no Antigo Egito: Uma Utopia da Emancipação Feminina"
SILVA, Thais. “A senhora da casa ou a dona da casa? Construções sobre gênero e alimentação no Egito Antigo”
Aluna: Tainara Weber Scain
201810291411
A respeito do que havia de atual na condição feminina no Egito, a noção principalmente que deve ser levada em conta é a Liberdade que a mulher tinha. Por mais que no Egito a mulher tivesse funções pré estabelecidas dentro do lar, onde ela exercia sua função de “senhora do lar”( tendo o poder de tomar as decisões que envolviam a família), as mulheres no Egito não estavam confinadas ao serviços de casa, elas poderiam circular pelas cidades sem véus, recebendo o mesmo tratamento que os homens em diferentes instâncias da vida social, ainda poderiam exercer ofícios que iam além da casa, como administração de comércio ou produção de tecido, tinham a liberdade de possuir e administrar seus próprios bens assim como tinham direitos que deveriam ser respeitados pelo seu parceiro, podendo acusá-lo de maus-tratos e até exigindo o divórcio.
ResponderExcluirOutrossim, vale destacar a figura da mulher como autoridade religiosa e política, tendo como exemplo religioso o mito de Ísis e como a mesma salvou seu marido da morte duas vezes, quanto ao poder político, temos a mulher-faraó Hatshepsut, que comandou o Egito por duas décadas.
Portanto, é possível identificar que as mulheres no Egito antigo tinha direitos que iam muito além das demais civilizações da antiguidade, sendo ainda de pasmar, que em certas questões podemos considerar os egípcios como estando na nossa frente por muito tempo, visto que no Brasil o divórcio foi instituído oficialmente com a emenda constitucional número 9, de 28 de junho de 1977, enquanto no Egito ele já era um direito das mulheres, quanto ao poder político, o Brasil só teve a primeira mulher como chefe de estado em 2010 e até no âmbito religioso a figura da mulher é questionada, vide toda repercussão em torno da figura de Maria Madalena no evangelho.
Quando analisamos sobre o que permaneceu das relações antigas quando a mulher, é visível como a beleza ainda recebe mais importância do que deveria na figura feminina, assim como no Egito antigo, ao analisarmos as poesias encontradas no papiro Chester Beatty I podemos evidenciar como a beleza ainda é o foco quando se descreve a mulher, deixando de lado todas as questões que não se expressam visualmente, assim como no cenário atual onde(infelizmente)a mulher por muitas vezes é julgada apenas por sua aparência.
É ainda cabível a compreensão de uma mulher sobrecarregada pela sociedade, na qual é imposta a obrigação de tomar conta da casa, por mais que a questão da “senhora do lar” tenha sido supracitada como uma prova do poder feminino no Egito antigo, existe outro lado desse dever, a mulher poderia exercer outros ofícios, mas não poderia a abandonar os cuidados com o lar. Portanto, pode ser considerado quase impossível não comparar a “Senhora do lar” do Egito com a “Dona de Casa” da atualidade, ambas recebem a obrigação de cuidar da moradia e da família e diversas vezes são sobrecarregadas por tal obrigação já que devem vincular a mesma com outras, cuidando da casa, dos filhos e trabalhando fora, sustentando o pilar de sua família, dura função que inúmeras vezes a mulher desempenha sozinha.
Bibliografia:
SOUZA, Aline Fernandes de. A mulher-faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (EGITO ANTIGO- SÉCULO VX A.C.)
https://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2273698/a-trajetoria-do-divorcio-no-brasil-a-consolidacao-do-estado-democratico-de-direito
https://antigoegito.org/mulheres-egipcias
Gabriel Klippel Andrade Gomes
Matrícula: 201810291911