História de Israel no debate atual


Responda:
O que de mais atual havia na visão da história de Israel tradicional?
O que há de mais tradicional nos debates atuais?

Um comentário:

  1. A formação da história de Israel tradicional é inteiramente baseada em acontecimentos, mitos e personagens existentes em textos bíblicos. A criação de uma história de Israel permitiu ao povo judaico consolidar sua identidade coletiva e se diferenciar de outras civilizações e etnias (principalmente de outros grupos semitas da região mesopotâmica).
    Assim como atualmente o nacionalismo europeu remonta ao passado medieval a fim de justificar uma superioridade de seu povo em relação aos outros, com isso legitimando seus preconceitos contra imigrantes e minorias étnicas, além de reivindicar o direito ao território nacional, como no caso da guerra da Bosnia, onde após a fragmentação da Iugoslávia originou um conflito principalmente entre os Sérvios Bósnios e Croatas, na qual os Sérvios requeriam o direito ao território, pois haviam sido derrotados pelos Otomanos no século XIV. Os judeus utilizaram as histórias bíblicas para subjulgar religiões e grupos étnicos e “recuperar ” a terra prometida, cujo esta ( segundo a bíblia) havia sido prometida a Abraão e seus descendente.
    Os debates atuais sobre a construção de uma história oficial independente dos textos bíblicos, utilizando-se exclusivamente de ferramentas científicas com a arqueologia e a analise dos testemunhos escritos estão adquirindo mais aceitação no meio acadêmico nos últimos vinte anos. Teólogos com Thomas L. Thompson afirmarão que a sequência patriarca, José do Egito, escravidão, êxodo, conquista da terra, confederação tribal, império davídico-salomônico, divisão entre norte e sul, exílio e volta para a terra, possui um incongruência cronológica, o canadense John Van Seters propôs que as hipóteses documentadas fontes do Pentateuco que haviam sido composta no século X a.c deveria ser completamente revistas. Para estes a analise dos textos bíblicos adquiri mais uma função literária que histórica, porém este pensamento não é unanimidade em meios acadêmicos, pois esta postura de definir metodologias rígidas na produção de um conteúdo cientifico, desconsiderando outras possibilidades de conhecimento como os textos religiosos remete a tradicionalidade historiográfica moderna do século XIX, mas precisamente ao pensamento positivista. No extremo oposto aos modernistas tradicionais estão os pós-modernistas desconstrutivistas que questionam a existência do fato histórico, ou seja, para o pós-modernismo tudo é uma questão de interpretação sendo assim impossível recriar com exatidão uma história de Israel.
    Referencias bibliográficas:
    GEARY,J Patrick . O mito das nações: A inveção do nacionalismo.
    https://www.estudosdabiblia.net/d106.htm
    http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/nm_5_modernidade_e_pos_modernidade_08dez09.pdf
    ANKERSMIT,F.R . Historiografia e pós-modernidade.
    ZAGORIN. Pezes. Historiografia e pós-modernidade. Reconsiderações.
    Nome: Gabriel Lopes Ruiz
    Matricula: 201810165811

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.